Enviada em: 29/03/2018

Em 2012 foi realizada a Rio +20, onde foi falado sobre o desenvolvimento sustentável e economia verde, para mostrar a necessidade de proteger os recursos naturais do planeta. Porém no Brasil, atualmente, é problemático o avanço do agronegócio, que na maioria das vezes visa somente o lucro e não a defesa dos recursos naturais. Nesse contexto, deve-se analisar o individualismo capitalista e a posição da Bancada Ruralista.       O exagerado individualismo é um dos principais responsáveis da expansão sem planejamento do agronegócio. Isso acontece porque cada pessoa, hoje, visa o lucro pessoal e crescimento de seu negócio, sem pensar nos resultados que isso causa aos demais. Muitas vezes, por exemplo, é utilizado demasiados agrotóxicos nas plantações, que agride o solo, e que contamina a carne do gado, visto que esse, geralmente pasta no solo de onde já não se cresce vegetais bons, devido o uso constante dos agrotóxicos. Em decorrência disso, o aumento de pessoas contaminadas é constante, a degradação do solo cresce e o desenvolvimento sustentável fica cada vez mais distante.       Além disso, nota-se ainda a pressão da Bancada Ruralista, que defende o interesse dos grandes proprietários rurais. Apontada como responsável pela aprovação de benefícios financeiros e perdões a grandes proprietários rurais que desmatam grandes áreas, a Bancada utiliza do seu poder perante o governo, visando o lucro e a expansão da agricultura e pecuária brasileira. O maior exemplo da presença da Bancada é a briga com os indígenas, principalmente do Amazonas, por terras. Embora o Estatuto do Indígena, de 1973, prevê a proteção da cultura indígena, a demarcação de suas terras é feita pelo Governo, o que causa muitos conflitos já que muitas das terras são consideradas boas para o agronegócio, havendo assim pressão da Bancada Ruralista. Não é atoa então, que haja conflito entre pessoas que defendem o lucro e pessoas que defendem o patrimoniado étnico-cultural do Brasil.       Torna-se evidente, portanto, que mudanças são necessárias na expansão do agronegócio. Em razão disso, é necessário que o Ministério da Educação inclua a disciplina de ética e cidadania no currículo das escolas, por meio da homologação da base curricular comum, a fim de conscientizar e educar os jovens, para que estes se tornem menos individualistas e mais preocupados com o bem geral, criando inclusive uma consciência política em cada um. Ademais, o Governo Federal deve diminuir o poder da Bancada Ruralista, por meio da criação de uma banca que avalie a sustentabilidade dos projetos da Bancada, a fim de diminuir a expansão desenfreada do agronegócio, que vise somente o lucro e se esqueça das consequências para a população em geral. Dessa forma, o Brasil terá menos problemas e polemicas acerca do crescimento do agronegócio, que se feito corretamente, é útil a todos.