Enviada em: 01/04/2018

Colônia de exploração  O presidente Michel Temer recebe bronca do principal país financiador, Noruega, do Fundo Amazônia após aumento de 29% do desmatamento amazônico- isso mostra como a ex-colônia não deixou a cultura de exploração ao longo dos anos.  Com as descobertas de Mendel, pai da genética, a qualidade de produtos agrícolas aumentou absurdamente e, tempos mais tarde, a partir de 2009, o Brasil se tornou o segundo maior país que utiliza a transgenia. Isso refletiu na utilização mais eficiente do mesmo espaço que era utilizado há 30 anos atrás- seriam necessários 100 milhões de novos hectares para uma produção com técnicas antigas-, mas isso não foi o suficiente para que o brasileiro não sentisse a necessidade de aumentar a suas áreas de produção de forma progressiva. Com isso, foi acumulado ao longo da história do país: 2 de 34 hotspots mundiais, Cerrado e Mata Atlântica; país que mais mata ativistas ambientais, segundo a ONU; estrutura fundiária com grande concentração de riqueza com um alto valor na Curva de Gini; problemas gerados pelos agroquímicos sendo a eutrofização de rios, bioacomulação, contaminação de solos, animais e cultivadores; parte do desmatamento da Amazônia, depois da pecuária; redução da biodiversidade; grande pegada hídrica.  O Código Florestal, que caracteriza a APP, área de preservação permanente, e a reserva legal, que  representa a área que pode ser explorada de forma sustentável, juntamente com o RADAM e a SIPAM são mecanismos que garantem o direito de utilização das terras e o monitoramento de áreas desmatadas na Amazônia, respectivamente. Entretanto, os dados relacionados as consequências ambientais e sociais, assim como o aumento de 29% do desmatamento da amazônia mostram que é necessária uma intervenção mais rigorosa.  Afim de solucionar a problemática, é preciso que a população revindique que o executivo garanta o cumprimento do Código Florestal por parte dos agricultores e que o legislativo garanta a penalização daqueles que infringem o código. Simultaneamente, a revindicação de maior propagação de dados à população pelo Ministério da Saúde relacionados aos danos ambientais e fisiológicos causados por agroquímicos, ingestão de peixes em áreas próximas as áreas de plantio e as consequências causadas pelo desmatamento. Por fim, ampliar as áreas de monitoramento não restringindo-se a região noroeste. Dessa forma, a população terá mais clareza sobre as consequências do agronegócio, que vai além da economia, a fauna e flora brasileira poderá ser preservada- não aumentando os hotspots- e alimentos mais saudáveis e menos químicos poderão contemplar a mesa do povo brasileiro.