Enviada em: 15/04/2018

Pesos e Contrapesos     Enriquecimento econômico, prejuízo ambiental. Qualidade dos alimentos, agrotóxicos. Aumento da produção, devastação do solo. Esse é o cenário contraditório que encontramos no agronegócio brasileiro.            É fato que a produção agropecuária gera muitos empregos, alimenta a população, reduz a inflação e tem participação cada vez maior no PIB do país. Em 2017, segundo a CNA (Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil), essa participação foi a maior em 13 anos.            Outro ponto, é que o Brasil tem a segunda maior frota de aviões agrícolas do mundo, perdendo apenas para os E.U.A. O problema é que cada voo despeja nas plantações elevadas quantidades de agrotóxicos que trazem riscos à saúde dos consumidores, além de poluir rios, matar peixes, danificar o solo.            Os índios, que vivem nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, os maiores produtores agropecuários do país, tem denunciado cada vez mais esses voos, pois sentem diretamente os prejuízos causados pelos químicos.                Diante disso, parece que o desenvolvimento econômico sempre esbarra no desenvolvimento ecológico, mas, investimentos em maquinários, uso de tecnologia e incentivos a pesquisas em biotecnologia podem aumentar a produção dos alimentos ou reduzir as perdas decorrentes das plantações. Uma maior fiscalização no uso dos agrotóxicos, com a redução nos limites permitidos podem minimizar o uso indiscriminado desses. Pequenas atitudes que aos poucos  poderemos chegar ao tão sonhado equilíbrio entre economia e sustentabilidade.