Enviada em: 10/07/2018

É de conhecimento geral que, atualmente, o tabagismo é um dos problemas mais evidentes para a comunidade mundial, em especial para o Brasil. É mediante tal questão que muitas pessoas desenvolvem quadros graves de problemas de saúde, como o câncer de pulmão e o infarto fulminante. Nesse contexto, é indispensável salientar que a insuficiência da administração pública está entre as causas da problemática, haja vista a carência de programas de saúde para a recuperação de pessoas viciadas em tabaco. Diante disso, vale discutir a falta de fiscalização governamental para com a proteção desse segmento social e a importância da educação para o desenvolvimento do país, bem como a atuação do Estado de modo a tentar solucionar tal impasse.    Em primeiro plano, analisa-se que, anualmente, mais de 7 milhões de pessoas morrem em consequência das substâncias tóxicas presentes no cigarro. Nesse sentido, o doutor em pneumologia Alexandre Von Humdbolt explica que muitas são as maneiras de desenvolver doenças crônico-degenerativas - câncer e complicações cardiovasculares - a partir do cigarro. Seguindo essa linha de raciocínio, até mesmo as pessoas que não fumam podem apresentar alguns problemas relacionados ao tabagismo - fumantes passivos. Isso porque, diante de um aumento da exposição para com as toxinas liberadas na queima do cigarro, esses compostos químicos penetram nas vias respiratórias desse grupo de pessoas. Por causa dessa realidade, os hospitais públicos ficam superlotados e a maioria deles não atuam na diminuição da dependência química. Dessa forma, é possível perceber que, por falta de administração e de fiscalização pública, a proteção da saúde dos cidadãos não é firmada.      Outro ponto em destaque nessa temática é a relevância da educação para o desenvolvimento da nação. Nessa ótica, o educador Paulo Freire sustenta a ideia de que se a educação não pode transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Contrariando esse conceito, nota-se que a cultura do fumo ainda é latente no Brasil, já que, segundo estudos do Instituto de Pesquisas de Campinas, mais de 18 milhões de pessoas usam cigarros. Sendo assim, uma mudança nos valores da sociedade é imprescindível para transpor as barreiras do tabagismo.      Fica evidente, portanto, que medidas são necessárias para reduzir o consumo de tabaco. Cabe ao Ministério da Saúde criar um programa para ser desenvolvido nos hospitais públicos, de forma a disponibilizar mais consultas com psicólogos, maiores detalhes sobre as consequências do uso de cigarros e oferecer acompanhamento médico periódico com os ex-fumantes. Com isso, o número de fumantes será reduzido e a tendência dessas pessoas não voltarem a fumar será maior. Com tais medidas, será possível salvar inúmeras pessoas de doenças ocasionadas pelo tabagismo.