Enviada em: 10/07/2018

Em 2015, todos os países da ONU adotaram a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que apresenta entre os principais elementos o quadro de Controle do Tabaco. Esse marco histórico, entretanto, ainda convive com os numerosos índices de fumantes no Brasil e no mundo, configurando um cenário alarmante da saúde global. Nesse sentido, fatores de ordem educacional, bem como social, caracterizam os dilemas brasileiros quanto ao tabagismo.     É importante pontuar, de início, a negligência escolar em relação aos casos de fumantes no país. À guisa do pensamento de Kant, o ser humano é tudo aquilo que a educação faz dele, sendo as escolas fundamentais nesse processo. Grande parte do meio estudantil brasileiro, entretanto, promove uma formação cidadã falha aos estudantes ao não abordar a temática do tabagismo e suas graves consequências à saúde humana. Essa realidade torna-se ainda mais preocupante quando se expõe uma maior vulnerabilidade dos jovens ao cigarro e demais drogas, dado o conturbado período que a adolescência representa. Assim, é evidente a necessidade de um preparo da juventude nas salas de aula, espaço que consolida o desenvolvimento dos alunos.    Outrossim, tem-se os impactos advindos de uma população dependente do tabaco. Segundo dados de 2008 do IBGE, o consumo de cigarro pela população brasileira custa cerca de 14,7 bilhões de reais por ano aos cofres públicos. Essa realidade advém dos graves problemas de saúde que o ato de fumar acarreta, entre eles destaca-se a pneumonia, o câncer de pulmão, o AVC e as doenças cardíacas. Nesse contexto, o tabaco representa inúmeros riscos à integridade dos cidadãos e é ainda responsável por uma sobrecarga no sistema de saúde, dado os inúmeros casos de doenças relacionadas ao seu consumo.