Enviada em: 15/07/2018

Segundo o químico francês Lavoisier, na natureza, nada se cria, nada se perde, porém, tudo se transforma. De forma análoga, quando se analisa o problema do tabagismo no século XXI, é perceptível a necessidade de transformações diante das dificuldades enfrentadas pela população. Nesse sentido, transfigura-se necessário discutir os fatores que contribuem para a persistência dessa problemática, ocasionada pela dependência química e despreocupação das pessoas com sua saúde.        Convém ressaltar, a princípio, o baixo controle do tabagismo e o alto valor dos impostos sobre o produto. Isso ocorre, pois, o Estado preocupado com a taxação e arrecadação acaba deixando a saúde em segundo plano, fato legitimado no controle da maconha que apesar de apresentarem um risco mais baixo que o cigarro, são proibidas, visto que não geram valores em impostos para o Governo. Nessa conjuntura, de acordo com o contratualista John Locke, configura-se uma violação do “contrato social”, uma vez que o Estado não cumpre sua função de garantir uma qualidade de vida adequada para a sociedade.        Em consequência disso, além de prejudicar os fumantes passivos, os tabagistas desenvolvem doenças cardíacas, pulmonares, câncer e apresentam alto índice de mortalidade. Nesse sentido, a despreocupação dos indivíduos com sua saúde e a dificuldade da recuperação, causada pelo tabaco apresentar um grande poder de dependência química, aumenta o número de doentes no Brasil decorrente desses problemas, segundo o IBGE já são mais de 781 mil brasileiros enfermos por desenvolverem diversas doenças a partir do uso do cigarro. Com isso, a negligência do Estado na prevenção e na melhora do quadro alarmante, gera grandes prejuízos para os cofres públicos e para o sistema de saúde.        Diante dos fatos supracitados, é dever do Poder Público controlar as vendas de cigarros e proibir o uso em locais públicos e fechados, como a disponibilização apenas em estabelecimentos credenciados com controle de usuários, objetivando diminuir de forma considerável o tabagismo no Brasil. Ademais, é imprescindível que o Ministério da Saúde e os meios midiáticos veiculem e potencializem, a partir de campanhas publicitárias, os problemas causados pelo tabaco, buscando esclarecer e clarificar a importância de parar com o uso. Outrossim, de acordo com as ideias do pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas e estas mudam a sociedade, logo, cabe às escolas a implantação de projetos, como a ministração de palestrar, a fim de discutir acerca da necessidade de mudança no pensamento das pessoas, melhorando a qualidade de vida do corpo social.