Enviada em: 16/07/2018

Sobre um campo verde cavalga um homem com toda vitalidade e robustez, agradando aos olhares  daqueles que acompanham tal figuração transmitida nas telas. Apesar da ideia construída de saúde sobre essa imagem, esse comercial, pertencente a uma das maiores empresas de tabaco do mundo - Marlboro - deixava passar despercebida a morte que o ator portava em sua boca. Durante décadas, essas cenas vêm alimentando o imaginário dos indivíduos com a glamourização do cigarro, gerando problemas em diversas faixas etárias e consequências que atingem a sociedade.       É preciso analisar, antes de tudo, que o vício decorrente do uso contínuo do cigarro é proveniente da falta de uma atitude responsável capaz de eliminar o problema da base. Na maioria dos casos de tabagismo, os indivíduos começam a utilizar esse produto na adolescência. Tal fato deve-se, principalmente, por uma questão de inserção social do jovem em um dado grupo, exigência decorrente da influente espetacularização do fumo imposta há décadas. Apesar desse hábito ser criado na juventude, época em que essa faixa encontra-se sobre a responsabilidade de instituições importantes, nada de fato é feito pela família e pela escola para alterar esse quadro.     Basta apontar, com isso, que essa irresponsabilidade social só faz crescer cada vez mais os problemas sanitários da sociedade. Com os avanços industriais dos últimos séculos, o homem passou a viver em uma condição pouco saudável relacionada ao ar e aos produtos tóxicos residuais do processo produtivo. Nesse sentido, o aumento do número de fumantes potencializa essa adversidade, uma vez que o tabagismo não atinge apenas o consumidor do cigarro mas também os chamados "fumantes passivos". Dessa forma, torna-se prático observar a ocorrência de doenças cardiovasculares  e respiratórias, comumente encontradas no século XXI.     Fica claro, portanto, que, apesar dos males provocados pelo cigarro, o tabagismo ainda se mostra como prática comum a determinados grupos. Logo, para minimizar esse quadro problemático criado pelo mito midiático do status social do fumante, a parceria entre postos de saúde, escolas e família é fundamental. Essa associação deve ocorrer de modo a buscarem palestras e conteúdos transversais, destinados ao jovem, que abordem os problemas de saúde relacionados ao tabaco. Utilizando as propagandas antitabagistas já existentes e esse conjunto de ações, será possível frear a morte companheira desse item disfarçado de vigor na figura de um cowboy.