Enviada em: 29/07/2018

Indústria da Morte     Em 1987 a AMS (Organização Mundial da Saúde) criou o Dia Mundial Sem Tabaco, celebrada em 31 maio, a data visa chamar á atenção dos órgãos públicos e da sociedade para os malefícios causados pelo tabagismo. Entretanto, no Brasil, o comércio movimenta bilhões de reais anualmente. Com efeito, nota-se um alto índice de doenças causadas pela nicotina e pela falta de politicas públicas no que tange ao controle de preços e conscientização da sociedade.      Em primeira análise, o tabagismo ocupa a segunda posição no ranque dos principais causadores de doenças e mortes no Brasil. Isso acontece porque os cigarros contêm mais de sete mil substâncias toxicas, sendo algumas delas cancerígenas. Sob a perspectiva do sociólogo Zigmunt Bauman, vivemos em uma modernidade liquida, onde a busca pelo imediatismo está cada vez mais em acensão, contudo, devido ao desemprego, compromissos financeiros e trabalhos, muitas pessoas recorrem ao cigarro como meio de tranquilizante e antiestresse. Em consequência, elas podem desenvolver câncer de pulmão, perda da produtividade, da memorização e do aprendizado.      De outro modo, a inexistência de uma politica tributária de preços configura-se uma negligência estatal. Essa tese justifica-se pelo déficit no orçamento do SUS para atender pessoas com problemas causados pelo cigarro. De acordo com a entidade, se comparar os gastos com a arrecadação de impostos, o prejuízo passa de quatorze bilhões de reais anualmente, fato que comprova o incentivo empresarial e o prejuízo para cada cidadão. Além disso, o Governo destina pouco recursos acerca da conscientização dos fumantes, visto que muitos usam o dinheiro destinado á alimentação e compra de materiais escolares para comprar cigarros. Consequentemente, os usuários e sua família sofrem com a falta de produtos básicos para a sobrevivência ou acabam deixando o investimento em cultura e lazer como segunda opção.    Depreende-se, portanto, que o tabagismo é um problema no Brasil e exige medidas públicas e sociais. Ao Ministério da Saúde cabe formar parcerias com ONG's e divulgar na TV e nas redes sociais informações acerca da quantidade de entorpecentes ali presente, afim de instruir a sociedade sobre as possíveis doenças que podem causar. Ademais, cabe á União a cobrança de impostos sobre o comércio de cigarros equivalente ao orçamento destinado anualmente para o SUS tratar doenças causadas pelos variados entorpecentes. Assim, com o aumento de impostos e a sociedade ciente, podemos transformar a data de 31 de maio no dia que, ao invés de chamarmos á atenção para a problemática, podemos comemorar o crescente IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).