Enviada em: 04/08/2018

Política, cultura e tabagismo Marcha da Maconha. Legaliza já. "4:20". Atualmente, há muitos movimentos a favor da maconha e de seu uso. Paralelamente, também há diversos movimentos que desejam coibir o fumo tradicional (principalmente o cigarro). Assim, há uma incoerência no mundo atual, que deseja promover a saúde pública, mas que também deseja a liberdade de consumo. Dessa forma, a campanha anti-tabagismo está em um limbo político e social. Primeiramente, existem diversas políticas de saúde pública que regulamentam o cigarro, mas que funcionaram em diminuir o uso. O Ministério da Saúde, em 2018, divulgou uma pesquisa, na qual a sua conclusão era clara: houve uma diminuição no número de usuários de tabaco nos últimos anos devido a lei antifumo. Entretanto, houve um aumento do número de usuários que estão na faixa etária de 18 a 24 anos. Por outro lado, a composição majoritária dos grupos pró-maconha é dessa mesma faixa de idade, ou seja, ao invés de legalizar a droga, o Estado brasileiro deverá continuar proibindo e impedindo o consumo da mesma, para que diminua tanto o número de usuários de cigarro como de maconha. Em segundo, o tabagismo é um problema social, já que a sua aceitação nos meios familiares e culturais é influente na formação dos hábitos dos jovens. Diversas tribos sociais - como os esqueitistas, artistas, universitários, etc - possuem, apesar dos esteriótipos, maior propensão ao uso de drogas. Desse modo, jovens que desejam se integrar nesses círculos sociais acabam, de certa forma por vontade própria, utilizando o cigarro, álcool ou drogas ilícitas. Assim, o tabagismo é um problema que deve ser combatido no âmbito cultural, de modo que as boas influencias prevaleçam sobre as más. Portanto, o tabagismo é uma deficiência política e cultural, já que diversos grupos lutam pelo consumo de drogas e por que o vício é visto como sendo uma coisa boa nos meios sociais. Dessa forma, para combater o cigarro, é necessário que haja um conflito cultural e político. O combate cultural deve-se fazer pela indústria cultural, o Estado, através dos filmes, novelas e propagandas, deverá sempre implantar uma mensagem que o uso de drogas é prejudicial a saúde física e mental. O Ministério da Cultura, deverá mudar a Lei Rouanet, para que uma das condições para o financiamento de um produto seja a implantação de tal mensagem. Além disso, grupos contra as drogas, como os institutos conservadores e religiosos, poderão investir, em parceria com o governo, em projetos de acolhimento e de reabilitação de dependentes químicos. Através do financiamento público e privado, centros de recuperação como a Fazenda da Esperança poderão expandir seus locais de atuação, diminuindo o número de usuários.