Enviada em: 19/04/2019

Durante a Idade Média o tabaco possuía caráter sagrado e era bastante utilizado pelos indígenas em seus rituais ou para fins medicinais. Hoje, apesar de não possuir as mesmas finalidades, sabe-se que existe um aumento de fatalidades causadas pela nicotina, visto que, segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde - a previsão é que o número de mortes alcance 900% em relação ao século anterior e, o mais preocupante é que a grande parte dos indivíduos não têm consciência da fatalidade dessa droga e dos prejuízos que pode causar. Logo, é necessário analisar os principais fatores e consequências da dependência de tal substância.   A princípio, sabe-se que o tabagismo é uma doença e, por isso, deve ser tratado e evitado. Entretanto, muitas pessoas veem no ato de fumar um meio de se socializar e de buscar prazer. Ademais, a OMS apresentou que em 2010 cerca de 60% da população não sabiam das doenças causadas pelo uso da nicotina, o que favorece o quantitativo de usuários seguido do aumento de casos ligados à essa dependência como ataques cardiovasculares e câncer de pulmão. Diante disso, percebe-se uma maior demanda de atendimento hospitalar que, por si só, já enfrenta falta de recursos. Dessa forma, torna-se evidente a inércia do Estado, pois, de acordo com a teoria de Biopoder do filósofo Michel Foucault, o governo tem a capacidade de controlar os problemas sociais e, nesse caso, proteger e conscientizar os cidadãos do sofrimento causado por essas possíveis doenças.   Outrossim, a dependência química gerada pelo tabaco potencializada pela estagnação das entidades públicas geram prejuízos econômicos e ambientais. Isso porquê, o desencadeamento de doenças é  diretamente proporcional ao aumento das despesas com tratamento e inversamente proporcional à produtividade dos usuários. Prova disso, o Instituto Nacional do Câncer mostra que no último século o tabagismo gera perda de 56 bilhões anuais no mundo. Ademais, os resíduos de cigarros contêm substâncias tóxicas que, quando em contato com o meio ambiente, favorecem o agravamento do efeito estufa e a contaminação do solo.    Diante do exposto, percebe-se que as consequências do tabagismo aumentam constantemente no século XXI. Na tentativa de modificar esse cenário, é importante que a OMS, incite os países a tomarem providências, mediante à execução de debates e campanhas mundiais, para que conscientizem a população sobre todas as consequências e, assim possa diminuir o número de dependentes. Ademais, a mídia também pode contribuir para essa conscientização, por meio de postagens em redes sociais, de modo que consiga alcançar um número cada vez maior de indivíduos que, tendo consciência dos danos consigam evitar esse tipo de prazer prejudicial.