Enviada em: 19/08/2018

Um dos grandes problemas da saúde pública na atualidade é o tabagismo, que caracteriza o vício de fumantes em nicotina - substância presente nos cigarros. Tal quadro se dá por conta da imensa influência do setor tabagista no comérico e na política em todo o mundo e da glamourização no ato de fumar que filmes e séries pregam, como nas séries Sons of Anarchy e Mad Men, que acabam levando jovens a iniciar uma vida de fumante, o que traz sérias consequências não só para o dependente como também para aqueles que o cercam.        Apesar de vários estudos e campanhas governamentais relacionando direta ou indiretamente o uso do tabaco à doenças respiratórias, como bronquite, enfisema pulmonar e câncer de pulmão - este o tumor mais comum no mundo, várias pessoas ignoram os danos que o tabagismo traz à própria saúde. Além do mais, percebe-se que muitos dos fumantes têm o primeiro contato com cigarro quando ainda adolescentes e, por conta da alta capacidade viciante da nicotina, têm dificuldade de abandonar o hábito ao longo da vida e buscam ajuda apenas quando estão com a saúde em risco.       Aliado a isso, há o fato de parte dos dependentes do tabaco sofrerem doenças e transtornos psíquicos, como ansiedade, depressão e esquizofrenia, o que é bastante grave pois como a substância nicotina atua como um ativador do hormônio dopamina, responsável pelas sensações de prazer no ser humano, o ato de fumar é tido como uma maneira de aliviar os problemas ocasionados por tais distúrbios. Outro agravanrte é a dificuldade no dependente em procurar ajuda especializada, seja por relutância - ocasionada por uma falta de percepção de que o seu hábito não afeta apenas a si mesmo -, ou por conta de tentativas fracassadas de tentar largar o vício por meio de métodos aos quais o seu organismo não se adaptou, e acaba desistindo do tratamento.       É necessário, portanto, que o Ministério da Saúde crie centros de acolhimento e de tratamento para dependentes no tabaco, em especial em regiões onde residem pessoas de baixa renda, pois são as que menos têm condição de arcar com um tratamento. Além disso, é preciso que a mesma pasta do governo federal juntamente com o Ministério da Educação, dedique esforços em propagar campanhas de conscientização nas escolas e nos meios de comunicação em massa, em especial a internet, para que dessa forma um número significativo de jovens sejam atingidos com a mensagem e que os pais  ou responsáveis tenham noção da dimensão do problema do vício em cigarro na adolescência e que assim orientem melhor seus filhos, pois apenas dessa forma conseguiremos extinguir um dos grandes males do nosso século, o tabagismo.