Enviada em: 17/08/2018

Segundo escreveu Platão, o importante não é viver, mas viver bem. Ou seja, a importância da qualidade de vida é tamanha, que ultrapassa a da própria existência. A qualidade de vida, no entanto, confronta o tabagismo, um sério problema na sociedade do século XXI. O vício em cigarros à base de tabaco é responsável por uma série de complicações, sejam elas sociais ou médicas, que afetam usuários e não usuários. Dessa forma, os problemas e consequências dessa temática devem ser debatidos, objetivando solucionar o problema.       Numa primeira análise, destaca-se como problema relacionado ao tabagismo o seu fácil acesso, além de seu baixo preço. Desde o advento da Segunda Revolução Industrial, o dia do trabalhador tem-se tornado cada vez mais estressante e, como forma de aliviar as tensões, este tende a procurar substâncias que lhe proporcionem relaxamento, como o tabaco. Sendo facilmente encontrados em bares, padarias e supermercados por um baixo preço, os cigarros tornam-se acessíveis a todos e, assim, facilitam o vício, tornando-se um problema de saúde pública.       Sob a perspectiva da saúde, todavia, infere-se que o vício em tabaco é responsável por uma série de doenças comuns na sociedade brasileira, como pneumonia, AVC, cânceres e doenças cardíacas. Essas doenças, porém, não afetam apenas os usuários, mas também aqueles que convivem com a fumaça proveniente da queima da nicotina, mesmo não consumindo cigarros. Essa problemática custa aos cofres públicos cerca de 30% do orçamento destinado ao SUS em 1 ano, o que caracteriza um gasto grandioso que poderia ser investido em outras áreas de atuação do Sistema Único de Saúde. Sendo assim, percebe-se que o tabagismo promove consequências graves à sociedade, afetando a saúde popular como um todo e impedindo que outras frentes de atuação médica tenham maiores investimentos e promovam melhores resultados à população.       Portanto, medidas devem ser tomadas para combater este problema. Em primeiro lugar, atribui-se ao Ministério da Saúde o dever de incentivar a população a encontrar outras atividades de estímulo e relaxamento, como a prática de exercícios físicos, o hábito de cozinhar e de meditar. Por meio de campanhas nas redes sociais, deve-se oferecer à população dados concretos de como outras atividades agem no organismo da mesma forma que substâncias viciantes. Dessa forma, diminuirá o número de consumidores de tabaco e, consequentemente, o número de pacientes nos hospitais. Em consonância a isso, é dever do Ministério Público a diminuição gradativa da quantidade de cigarros comercializados popularmente. A dificultação do acesso e convívio ao produto contribuirá para que seu consumo seja diminuído e que, assim, mais um passo seja dado em direção à qualidade de vida.