Enviada em: 20/08/2018

Desde o século XVIII, os chineses estimulavam o hábito de fumar com o ópio, droga que foi motivo de guerras e que, indubitavelmente, deixava inúmeras sequelas patológicas aos seus usuários. Hoje, no limiar do século XXI, embora o ópio tenha caído em desuso, o tabagismo comum, à base de nicotina e outras substâncias tóxicas, é um real problema para a sociedade, pois, traz consigo inúmeras consequências à saúde dos fumantes ativos e passivos. Destarte, a ineficácia da participação do governo na prevenção e no tratamento do viciado, juntamente com a família e amigos desse, são fatores que corroboram com as mortes e consequências decorrentes do tabagismo.   Antes de tudo, é necessário ressaltar a ineficiência governamental na difusão de campanhas publicitárias contundentes e que informem sobre a legislação vigente, relacionada ao tabagismo para evitar problemas. Isso, pois, é perceptível, que o slogan do Ministério da Saúde é, quase sempre, um deletério ao ser humano, que infantiliza e vitimiza aquele que devia ser o responsável pela própria saúde. Um dos mais recentes, que afirma "viver com saúde é viver sem cigarro", certamente não atinge a sensibilidade de futuros fumantes e infantiliza a situação. Outrossim, embora seja lei que não se deve fumar em ambientes públicos fechados, é devido à pífia divulgação midiática que poucas pessoas sabem e denunciam os usuários em tais locais, enquanto quem ali se encontra é fumante passivo e inala mais substâncias nocivas à saúde do que o ativo, pois não possui o filtro do cigarro para proteção.    Ademais, é evidente que as consequências patológicas do tabagismo requerem um alto orçamento destinado ao SUS e envolvimento de familiares e amigos para o tratamento do usuário. Esse fato, entretanto, não condiz com a realidade dos afetados, pois, muitos, com AVC, problemas cardíacos, hipertensão e câncer, com o recorrente uso do cigarro, clamam em inúmeras filas de esperas em hospitais públicos por atendimento, em conformidade com os inúmeros noticiários brasileiros. Por outro lado, segundo o ex dependente químico e comentarista de futebol da Globo, Casagrande, muitos que, em tratamento do vício, pouco apoio recebem de seus familiares e amigos, acabam reincidindo.    Portanto, é necessário seguir o legado deixado por Gandhi e, para superarmos as consequências do tabagismo, devem ser feitas as mudanças que queremos ver no mundo. Logo, urge que o Ministério da Saúde invista em mais centros de atendimentos com maiores equipes para o tratamento de pessoas fumantes e com doenças consequentes ao ato, que busquem tratamento, a fim de recuperar suas saúdes. Ademais, o Ministério da Cultura deve inserir publicidade com fotos e vídeos contundentes no "Youtube" e "Google" para aqueles com buscas relacionadas ao cigarro e a quem estiver usando o mesmo "endereço de IP", que certamente serão seus familiares, para sensibilizá-los do problema.