Enviada em: 01/10/2018

Na música da banda inglesa Oasis, canta-se "tudo o que eu preciso são cigarros e álcool". Nesse contexto, a problemática do tabagismo está presente na sociedade atual, devido ao modo de vida contemporâneo e à pressão da mídia.        Analisando o cenário pós-moderno, o sociólogo Zygmunt Bauman aponta que o individualismo é o grande obstáculo, visto que pessoas que fumam tendem a pensar que estão fazendo mal somente a si próprias. Entretanto, segundo a Organização Mundial da Saúde, o hábito de fumar prejudica a economia, uma vez que custa certa de 25 bilhões de reais aos cofres públicos, além de ser nocivo ao meio ambiente, sendo responsável por 4% do desmatamento global. Assim, é necessário reflexão acerca do óbice pós-moderno apresentado por Bauman.        Outrossim, é preciso reconhecer que, entre as agências de socialização do tabagismo, está a mídia. As representações cotidianas do fumo como algo bom e empoderador fortalece o imaginário popular. Como os indivíduos são produto de um inconsciente coletivo, de acordo com o sociólogo Pierre Bourdieu, estão fadados a tomar como verdadeiras as imposições midiáticas. Dessa forma, ir de encontro ao poder dominante é uma estratégia para combater a disseminação do cigarro na sociedade.        Logo, é imprescindível que a persistência do ato de fumar no século XXI seja enfrentada como problema. Cabe ao Ministério da Saúde, juntamente com as mídias, promover iniciativas que visem a combater o consumo de cigarros na sociedade, através de campanhas socioeducativas, a fim de que, assim como outra banda inglesa, The Beatles, já dizia, tudo o que precisemos seja amor.