Enviada em: 15/10/2018

No processo de formação histórica do Brasil, o cultivo e comercialização do tabaco gerou lucratividade para o país, pois constituía os altos índices de exportação. Nessa perspectiva, o ato de fumar tornou-se de fácil acesso e teve rápida disseminação no território. No limiar do século XXI, a busca pelo bem-estar físico e mental tornou o cigarro um inimigo da saúde, pois os malefícios desse produto são irreparáveis, contudo, ainda existe muitos indivíduos fumantes. Nesse sentido, o vício adquirido como forma de prazer diante de uma rotina conturbada, e o aumento dos jovens fumantes são fatores que intensificam o tabagismo no país.        A priori, o neurologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Dr. Feres Chaddad, afirma que o vício está associado ao prazer que as substancias do cigarro causam ao sistema nervoso do indivíduo a fim de contrapor o sofrimento vivenciado no cotidiano. Dessa forma, com o avanço da modernização nos ambientes de trabalho e as mudanças ocasionadas nas relações pessoais são aspectos que culminam em estresse, transtornos psicológicos e ansiedade para muitos brasileiros. Assim, vários cidadãos utilizam do cigarro como forma de relaxamento, esquecendo das enormes complicações que este pode gerar no organismo, como, por exemplo câncer de pulmão, doença arterial, derrame, entre outros.        Além disso, a aderência dos jovens ao tabagismo modifica gradativamente o número de fumantes no Brasil. Isso pode ser verificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera o tabagismo uma doença pediátrica. Com isso, a incidência de adolescentes que usufruem do cigarro está relacionada com o "modismo social", ou seja, comportamentos que os jovens necessitam obter para serem vistos, ou conseguirem participar de algum ciclo de amizade. Outrossim, os fabricantes de produtos derivados de tabaco desenvolvem estratégias diversas para aliciar os adolescentes com o intuito de repor o seu mercado consumidor, através da imagem do cigarro como algo proibido, instigando aos adolescentes à transgredirem esse paradigma.       Portanto o Ministério da Saúde deve interferir nos hospitais e nos postos de saúde, desenvolvendo palestras para conscientizar a população quanto ao uso do cigarro, especificando os seus malefícios, expondo métodos que auxiliem ao fumante a parar de fumar, além de propor aos cidadãos a busca por exercicios físicos para promover bem-estar. Ademais, o Ministério da Educação deve intervir nas instituições de ensino do país, propondo aos docentes a elaboração de projetos acadêmicos com os discentes, visando abordar as consequências que o cigarro proporciona ao organismo, além de promover fóruns de discussão que aborde o paradoxo entre o ato de fumar e a ascensão social.