Enviada em: 20/10/2018

Em meados do século XXI, a Inglaterra, de forma ilegal, comercializava ópio para os chineses que no início somente a usavam em tratamentos medicinais, mas com o contato progressivo o vício tornou-se preocupante para o governo vigente, surgindo assim a Guerra Anglo-chinesa. Analogamente, o mundo vive uma constante dependência do fumo que, de forma legal, consome a saúde do usuário e daqueles que o cercam. Desse modo, a insuficiência estatal no que tange as políticas educacionais primárias e as sazonais campanhas publicitárias contra o tabagismo são pontos nevrálgicos que corroboram para a constância de índices como, 23.762 casos de câncer de pulmão conforme publicado pelo INCA em 2017.     A priori, de acordo com Locke, o indivíduo nasce como uma Tábula Rasa que, através das experiencias vividas na sociedade constrói o arcabouço sociocultural. Sob esse viés, quando o lançamento da prática de fumo fora consolidado, ter o  costume do tabagismo era ''status'' que influenciava o início da prática na qual diferenciava dos demais. Desse modo, o constante uso torna o indivíduo dependente da nicotina contida no tabaco, acarretando malefícios à saúde e por fim, influencia no cotidiano nas atividades ocupacionais do tecido social que, assim como o fumo estava prejudicando o funcionamento da nação chinesa, o mesmo ocorre nos demais países.     Outrossim, em residências, o tabagismo passivo engloba toda a família, inclusive as crianças que têm seu sistema respiratório em desenvolvimento e ainda pode vir a adotar tal costume. Nesse contexto, os educandários são fulcrais para o esclarecimento dos prejuízos ao fumar e enfraquecer tal cultura nociva. Ademais, campanhas que ocorrem em determinados picos de mortes evitáveis não são suficientes para a efetiva influencia a qual objetivam, pois fumantes demoram para alcançar a abstinência e sofrem com a ansiedade, sendo necessária a constante ajuda e incentivo aos mesmos.     Impende-se, portanto, diretrizes a fim de atenuar tal contexto problemática. Nessa conjuntura, a OMS, em conjunto com o corpo docente das escolas, devem criar palestras nos educandários mensalmente, com a exposição dos prejuízos da nicotina não só no organismo humano, mas na realização de atividades básicas hodiernas, essas demostrações têm como objetivo alertar, desde a tenra idade, o tabaco como danoso à saúde. Em adição, os veículos midiáticos têm que recriar constantes publicidades com relatos de ex-fumantes e apresentações de dados de mortes causadas pelo tabagismo. Essas campanhas serão realizadas com o fito de sobreavisar e incentivar àqueles que estão na luta contra o tabagismo. Assim, poder-se-á vencer a guerra entre o ópio contemporâneo e a saúde pública mundial.