Enviada em: 22/10/2018

No filme ''Breakfast at Tiffany's'', centrado na vida de Holly Goligtly, no contexto da Belle Époque, é transmitido uma glamorização do ato de fumar, como símbolo ''cool'' e de status social. No Brasil, ao relacionar tal problemática, é perceptível a herança histórico-cultural nociva, advinda da indústria cinematográfica; somada à despreocupação dos jovens e adultos, o fácil acesso e a falta de fiscalização, podem ser apontados como causadores da expansão do tabagismo. Nesse contexto, é necessário discutir os desafios e a importância da luta para a retração dessa epidemia silenciosa.       A acentuada irresponsabilidade dos adolescentes e a negligência parental são os principais causadores pelo aumento do número de fumantes no Brasil atual. Isso ocorre porque, conforme preceitua a filosofia hedonista de Aristipo de Cirene, ''o prazer é sempre um bem em si, o prazer sensorial é um bem supremo da vida humana''. Sendo assim, na atual conjuntura da era da informação, é comum, principalmente, os jovens possuírem conhecimento dos riscos mas, não raro, a imprudência prevalece ao fumar cigarros e seus variantes, seja por pressão social, modismo e influência dos círculos sociais. Ademais, a permissividade e a omissão parental na era da pós-modernidade reflete na falta de diálogo no ambiente familiar acerca do tabagismo, isso quando os parentes não são também fumantes, por consequência, auxilia no atual problema de saúde pública da sociedade brasileira.       Outrossim, a facilidade de acesso às drogas lícitas, da mesma maneira, influencia na persistência dessa prática nociva. Segundo dados do Ministério da Saúde(MS), o hábito de fumar caiu cerca de 36% nos últimos 9 anos, porém, apesar de indicar tal redução, o tabagismo no Brasil ainda é um fenômeno expressivo, principalmente entre os jovens; enquanto o número de fumantes entre adultos e idosos sofre pequenas reduções, em contrapartida, há um acréscimo na faixa etária entre 18 e 24 anos. Por consequência, os gastos públicos no SUS aumentam de maneira proporcional com as sequelas destruidoras das substâncias contidas no tabaco, como o aumento do câncer de pulmão e estômago e doenças coronarianas.       Destarte, é preciso estabelecer a parceria entre o Ministério da Educação, escolas e núcleo familiar, com a finalidade de promover palestras com profissionais da saúde para estimular o diálogo e romper com a imprudência ao aplicar a cultura hedonista, para assim evitar futuras adesões e desestimular o jovens ao uso desse elemento nocivo. Ademais, a Receita Federal deve aumentar os impostos dos produtos relacionados ao tabagismo, com o objetivo de desincentivar o ato de fumar e gerar receita que será destinada ao Ministério da Saúde para o tratamento das doenças relacionadas a essa prática maléfica.