Enviada em: 19/03/2019

Na metade do século XIV, a Europa foi acometida pela peste negra, uma doença produzida pela pulga do rato, que dizimou um terço da população europeia. Por conta da falta de informação da procedência da doença, advertiam que era castigo de Deus. Atualmente, com os avanços da tecnologia e surgimento da internet, tornou-se raro alguém desconhecer sobre alguma doença, pois com alguns clicks obtêm-se informação sobre qualquer assunto. Entretanto, a demasiada facilidade de se autodiagnosticar, na maioria das vezes erroneamente, tem se tornado um problema, a cibercondria.  De fato a cibercondria, que é a hipocondria - crença infundada de que sintomas comuns podem indicar uma doença mais grave - da era digital, está trazendo problemas para essa geração tecnológica, pois quando algum cidadão é acometido por algum sintoma, apenas buscam no Google, ferramenta de pesquisa, e o resultado da busca são diversas doenças que se manifestam de maneiras semelhantes, podendo variar desde uma enfermidade simples a uma mazela grave, gerando ansiedade ao pesquisador.  Ademais, a cibercondria, além da apreensão e ansiedade, pode gerar a automedicação, pois com a  facilidade de encontrar doenças que podem se encaixar no perfil do cidadão, também é possível selecionar tratamentos, geralmente sem necessidade, resultando em malefícios para a saúde do indivíduo. De acordo com o G1, a automedicação é pratica comum em mais de 90% da população. Uma porcentagem alarmante que deve ser reparada urgentemente.  Dessa forma, é necessário que seja esclarecido à sociedade os perigos da cibercondria. Para isso, a mídia, agente propagador de informações, deve fazer propagandas em horários nobres, advertindo sobre os males da cibercondria, autodiagnostico e a automedicação, para que assim a população procure ajuda de profissionais, em caso de doenças, em vez de se refugiar em sites de forma irracional.