Enviada em: 08/07/2019

A alimentação é de fundamental importância no desenvolvimento humano, principalmente em idade escolar, na qual, inclui crianças e adolescentes em fase de crescimento. No Brasil, além do objetivo de ofertar educação de qualidade, as escolas públicas devem oferecer uma alimentação saudável aos seus estudantes. Porém, há fatores que impedem a disponibilização de comida de qualidade nas escolas, como o desvio de dinheiro da merenda e a falta planejamento alimentar e físico de competência. Dessa forma, urgem medidas para atenuar a problemática no Brasil.        Em primeiro plano, vale destacar que o desvio de dinheiro público destinado a merenda implica na qualidade alimentar nas redes públicas de ensino. Uma prova disso está na Operação Prato Feito, ação conjunta da Polícia Federal e o Ministério da Transparência e controladoria Geral da União (CGU) na qual, realizam em diversos municípios paulistas a fiscalização da verba da merenda escolar. Tais desvios prejudicam diretamente a vida de alunos, principalmente os de baixa renda, que têm a refeição escolar como um suplemento de pelo menos 15% das necessidades alimentares diárias, segundo o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Nesse viés, se falta alimentação adequada no âmbito escolar, há o prejuízo no alimento de boa parte das crianças e adolescentes no Brasil.       Em segundo plano, cabe analisar a carência de um cardápio balanceado nas escolas, assim como atividades físicas. Nesse contexto, a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PENSE) de 2015, afirma que 41,6% das crianças no 9º ano do ensino fundamental se alimentam de doces e guloseimas, e 31% não realizam atividades físicas de acordo com o recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Dessa forma, há a escassez dos componentes alimentares necessários para o bem estar do corpo e da mente, o que afeta no desenvolvimento físico e mental dos estudantes, logo, para ter um bom desempenho escolar, atenção e participação, a alimentação e exercícios físicos são fatores primordiais.     Portanto, ações orquestradas são fundamentais para mitigar os problemas com alimentação nas escolas públicas no Brasil. Para isso, é necessário a ampliação na fiscalização do dinheiro da comida escolar, com a finalidade de aumentar a qualidade nutricional dos alimentos ofertados. Outrossim, é importante a ação conjunta do Ministério da saúde e Ministério da Educação no investimento em nutricionistas e educadores físicos para que trabalhem nas escolas, com palestras, jogos e atividades dinâmicas com o intuito de realizar um cardápio que se adeque as necessidades dos estudantes e a capacitação física dos mesmos, sempre mostrando a importância de se alimentar bem e exercitar o corpo, minorando, assim, as dificuldades relacionados a alimentação na rede pública de ensino.