Enviada em: 22/10/2018

Desde a Grécia Antiga, em atenção a utilização das estrutura políticas denominadas "ágoras", é possível observar a importância da participação social nas deliberações e discussões de interesse coletivo. Analogamente, com a difusão dos meios de comunicação em massa, especialmente a internet, a sociedade atual apresenta-se diante de uma ruptura de paradigmas históricos, num fenômeno globalizado de empoderamento cívico, capaz de alterar a dinâmica das relações interpessoais. Quando usada responsavelmente, em atenção aos preceitos legais, a internet desponta como "ágora moderna", em condições de difundir opiniões e engrandecer a sociedade.       Em primeira análise, na Antiguidade, Aristóteles já afirmada que o homem é por natureza um animal político. Nesse sentido, a internet presta-se a desenvolver um papel decisivo nas relações cotidianas, visto que, além de encurtar as distâncias, viabilizando a troca de informações e argumentação variada, reveste-se de um caráter democrático único, trazendo pluralidade às discussões e permitindo a participação de indivíduos anteriormente segregados pela sociedade. O alcance deste instrumento viabiliza a reverberação de discursos e opiniões com eloquência nunca antes vista na história da humanidade, com potencial educativo e transformador único.       Em segunda análise, o elevado número de usuários desta ferramente evidencia que, desde sua implementação, a sociedade traçou um caminho sem volta. Dados divulgados pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, dão conta que 116 milhões de brasileiros utilizam o meio digital diariamente. A melhor definição para a internet, considerando sua atual função junto à sociedade, seria de ferramente de difusão e influenciação popular. Com os estímulos corretos, respeitando a tênue linha que separa liberdade de expressão de ofensas à direitos alheios, a evolução individual e coletiva, nos campos social e de educação, fomentarão uma instrução emancipadora e construtiva.       Essa situação, portanto, evidencia a necessidade de uma melhor abordagem da problemática. Assim, caberia ao Estado, numa ação coordenada entre os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Educação, promover o desenvolvimento de palestras e debates, nas escolas e junto as mídias sociais,  com amplo acesso à comunidade, no sentido de despertar nos indivíduos o potencial educativo e empoderador que, quando utilizado corretamente, o ambiente virtual proporciona. O poder viabilizado  pela internet nada mais é do que o reflexo do desenvolvimento de criticidade e respeito a valores democráticos.