Enviada em: 15/06/2019

Não restam dúvidas que a internet modificou profundamente o funcionamento da sociedade, se fazendo presente tanto no trabalho, quanto na educação, política, comércio, transporte entre outros. Entre suas atribuições, a maior delas é o fato de a internet possibilitar a comunicação instantânea à longa distância. E, também, o fato de ser volátil e ter várias utilidades. Atualmente se pode observar o empoderamento do indivíduo pela internet, que antes invisível perante a sociedade, passa a ser reconhecido pelo mundo todo. Mas isso é sempre algo bom?     No mundo atual, as pessoas utilizam a internet para acessar e divulgar informação, dar uma opinião sobre um determinado assunto ou apenas como forma de entretenimento. Mas o principal ponto dessa nova tendência é a sua capacidade de influenciar o pensamento dos demais. Um dos maiores exemplos que se tem disso é o de Malala Yousafzai, ativista paquistanesa que recebeu o Prêmio Nobel da Paz, sendo a pessoa mais nova a realizar este feito. Sua notoriedade se deu através da internet, instrumento pelo qual realizou a sua luta pela educação das mulheres em seu país. Começou compondo críticas em um blog anônimo e foi ganhando cada vez mais conhecimento, até se tornar conhecida no mundo todo e uma das pessoas mais importantes da atualidade.      Contudo, as pessoas nem sempre ficam conhecidas na internet por causas nobres, como o caso de Malala. A internet facilitou a difusão de ideias, tanto as boas quanto as ruins. Muitas pessoas ficam famosas pelo seu pensamento intolerante e discriminador, e acabam influenciando os demais causando o crescimento de comportamentos desse tipo. Há também pessoas sem estudo que publicam opiniões ultrapassadas e erradas sobre um determinado assunto do qual não conhecem profundamente. O público, sem pesquisar a fundo, acaba aceitando o que lhes é transmitido como verdade.     Por conseguinte, o empoderamento pela internet pode ser bom ou ruim dependendo de como for utilizado. É algo com muito potencial, onde pessoas podem agir como porta-voz da sociedade, expondo os problemas atuais afim de provocar uma mudança benéfica para o planeta; ou, pode agravar esses problemas, fazendo com que os indivíduos errados consigam o poder de influenciar as pessoas para agir de forma errada, desrespeitando os direitos humanos. Deste modo, a internet precisa de limites. Publicações que incentivem pensamentos intolerantes ou igualmente ruins devem ser proibidas pelo veículo de comunicação, pois por mais que se trate de liberdade de expressão, propaga o ódio e fere os direitos fundamentais de dignidade humana e igualdade, e pode ocasionar diversas tragédias no futuro. As pessoas que acessam as informações da rede devem ser incentivadas através de publicidades pelo próprio veículo a filtrá-las e consultar diversas fontes antes de formar uma opinião.