Enviada em: 27/09/2017

Segundo registros históricos, o primeiro empoderamento ocorreu em Atenas, dado pelo início da democracia. Tal mecanismo deu voz ativa aos cidadãos, que usavam do poder para melhorar o meio. Com o passar do tempo, a Globalização trouxe outro, o da internet pelo indivíduo, essa que passou a interligar indivíduos, compartilhando opiniões e ideias entre eles. Entretanto, no Brasil hodierno, é perceptível que a internet não desencadeou somente efeitos positivos, mas negativos também, como a prática do preconceito e dos crimes virtuais.       À vista disso, infere-se que de fato essa rede, que deu visibilidade aos cidadãos comuns, possibilitou um posicionamento mais ativo na sociedade. Na internet discute-se sobre inúmeros temas e há formação de grupos com os mesmos ideais, que podem avançar para o meio real, organizando-se em protestos, como ocorreu em 2013, no conjunto de manifestações organizadas pelas mídias sociais, que ficaram conhecidas como Revolta dos 20 centavos. Esse mecanismo faz-se muito eficiente para a prática da cidadania, além da troca de ponto de vista favorecer o crescimento do indivíduo.             Em contrapartida, é plausível salientar também o preconceito e os crimes virtuais cometidos em razão desse empoderamento. Em verdade, a internet possibilita a propagação de ódio por alguns internautas, que praticam "cyberbullying" e racismo com outros. A exemplo disso foi o que aconteceu com a atriz Taís Araujo, que foi inferiorizada por sua cor, por um usuário da rede social Instagram. Outros problemas são os crimes como a exposição pública de fotos íntimas sem o consentimento da vítima, como ocorreu com a atriz Carolina Dieckmann, em 2012.            Compelem, portanto, ações mútuas entre o Ministério da Comunicação e o Ministério da Justiça, a fito de amenizar os impasses supracitados. Para tal, o Ministério da Comunicação deve atuar estabelecendo no Marco Civil da Internet um meio de regulamentação real, com regras estabelecidas, para que, assim, as punições para os crimes virtuais sejam efetuadas corretamente. Outrossim, o Ministério Público pode atuar nas mídias sociais, fiscalizando os possíveis abusos, desse modo, a internet poderá ser um local mais seguro, em que os indivíduos interligam-se propagando ações positivas para a sociedade.