Segundo o físico Albert Einstein, "Tornou-se aterradoramente claro que a nossa tecnologia ultrapassou a nossa Humanidade”. Sob tal ótica, a internet fortaleceu o processo de globalização e proporcionou um grande fluxo de informações no âmbito virtual, o que permite uma maior interação entre indivíduos de opiniões divergentes e de diferentes lugares, principalmente a respeito de causas políticas. No entanto, o empoderamento que o mundo virtual sob o indivíduo, muitas vezes, não se expande ao mundo real e, consequentemente, não é utilizado para mudar positivamente a sociedade. Em primeiro lugar é importante ressaltar a importância que as redes sociais adquiriram ao longo de sua existência. Isso porque serviu como meio de organização para diversos movimentos relacionados à política e às questões sociais, como nas manifestações na Síria em 2011, que ficaram conhecidas como Primavera Árabe, ou no movimento popular "Vem pra Rua", que ocorreu em 2013 no Brasil. Assim, a internet se revela como um mecanismo tecnológico que interfere em todas as faces de uma sociedade e na vida de todos os indivíduos, além de ser de demasiada importância para a luta por direitos, por exemplo. Contudo, nos dias atuais, é comum encontrar nas redes discussões sobre diversos assuntos e indivíduos engajados politicamente, porém essa atitude não sai do mundo virtual e se restringe aos debates e, em virtude disso, não há uma melhora do problema no meio social. Ademais, também há situações em que o cidadão é bombardeado por muitas informações e não sabe como lidar com elas ou em quais considerarem verídicas. Logo, a possibilidade de empoderamento do ser humano a partir da internet depende da forma como ele lida com o conteúdo disponível. É evidente, portanto, a necessidade de medidas que mitiguem o impasse. Cabe às escolas e à família, por serem importantes meios de socialização, a orientação de crianças e jovens desde cedo sobre como lidar e como utilizar o mundo virtual da maneira correta e como torná-lo um mecanismo favorável para a luta de melhorias dentro da sociedade. Cabe aos próprios indivíduos, por sua vez, organizarem manifestações que ultrapassem a internet e que se concretizem na realidade, tornando a teoria uma prática, a fim de que governantes e os demais órgãos administrativos possam perceber diretamente a insatisfação do povo, que deve ter voz e se empoderar.