Desde os primórdios da existência humana, o homem busca meios de facilitar seu modo de comunicação, como exemplo, as pinturas rupestres do período Paleolítico. Nesse sentido, mediante revoluções técnico-científicas, informacionais e, aparentemente, com o advento da internet no século XX, a sociedade contemporânea vem moldando-se com as novas tecnologias e informações de acesso proporcionadas pelo mundo digital. Percebe-se que, ao passar do tempo, a humanidade desenvolveu outras formas de comunicação, expressão de opiniões e, principalmente, o conhecimento científico tornou-se mais acessível. É inegável que avanços impulsionados por conflitos bélicos mundiais, tais como computadores e a World Wide Web, possibilitaram que novas formas de comunicação e expressão de opiniões fossem disseminadas com maior rapidez que, outrora, demandava um maior tempo - Benjamin Franklin já dizia que tempo é dinheiro. Ademais, as ferramentas digitais viabilizada pela internet rompeu com velhos paradigmas que limitavam pessoas de menor poder aquisitivo tivessem acesso ao imenso espectro do conhecimento; entretanto, hoje, os indivíduos tornam-se cada vez mais emponderados, pois já dizia Francis Bacon "Conhecimento é poder" e, através do conhecimento investigativo, o ser humano deixa de viver apenas no senso comum e, torna-se, dono de si mesmo. Não obstante seus aspectos positivos, no entanto, é amplo o espectro negativo. O advento da internet não promoveu apenas empoderamento, libertação e desenvolvimento, mas o mundo digital juntamente com as classes dominante e controladora das mídias reforçou o processo de alienação, aculturamento de uma parcela significativa da sociedade, pois nem todas as pessoas que têm acesso às informações virtuais têm um nível de educação para questionar seu conhecimento empírico e sair do senso comum, logo, o homem é o que a educação faz dele, disse Kant. Em vista dos fatos expostos, de maneira análoga à Lei da Inércia, enquanto a força da educação e da iniciativa governamental não agir, o emponderamento do indivíduo através da internet será apenas uma falácia. Assim, é necessário que sejam promovidas campanhas publicitárias em campo midiático, com apoio governamental, impulsionando a difusão de conteúdos embasados em informações verídicas e de fontes confiáveis para que, assim, a sociedade se conscientize de maneira questionadora sobre as inúmeras referências disseminada no mundo digital, pois, segundo Gilberto Freyre, "o saber, sem um fim social, é a maior das futilidades".