Enviada em: 17/03/2018

A arte sempre esteve presente na vida do ser humano, e é de extrema importância para desenvolver habilidades racionais e emocionais, além de estimular a comunicação, por exemplo. Nesse sentido, no passado, muitos povos que habitavam o Brasil se manifestavam por meio da pintura rupestre, que servia de mecanismo de representação do dia a dia, como também estava associada aos rituais místicos. Nessa linha de raciocínio, expressões artísticas, como a dança, música, teatro e artes visuais devem ser incluídas como disciplinas obrigatórias nas escolas. No entanto, isso apresenta como barreiras à serem superadas: a negligência estatal, bem como o preconceito da população.       Em primeiro lugar, apesar de existirem leis que garantam a obrigatoriedade do ensino da arte nas redes de educação, essa é uma realidade muito distante e que precisa de mais atenção. Isso é explicado pelo fato de que muitas escolas não possuem recursos suficientes nem para manter a grade curricular atual, e como haverá mais requerimento de condições mínimas aliado ao pouco investimento estatal, essa situação se manterá caótica. Ademais, pouco é divulgado sobre a homologação dessa nova lei, o que contribui para a desinformação da população, que não sabendo de seus direitos, não reivindica-os. Por conseguinte, as crianças e jovens terão prejuízos na formação de princípios éticos e morais, tendo problemas na compreensão de diferentes culturas e, por fim, colaborando para o preconceito tanto contra a arte, como também a valores divergentes.       Diante dos fatos expostos, tem-se a problemática questão do preconceito populacional à arte. Esse fato é causado pelo desconhecimento dos benefícios que ela pode proporcionar ao ser humano, além de que sempre servirá de padrão para análises comportamentais de povos diferentes. Em vista dessa desvalorização da arte, é comum alunos, em colégios, questionarem sobre sua importância, ressaltando aspectos errôneos e negativos. Para exemplificar uma de suas funções, destaca-se a música de Geraldo Vandré, "Pra não dizer que não falei das flores", durante a ditadura militar, que serviu como forma de resistência à opressão sofrida pela população mediante o Governo militar. Assim, medidas devem ser tomadas a fim de formar uma população mais consciente e criativa.       Portanto, o Governo Federal, por meio da figura do Ministério da Educação, deve intensificar o direcionamento das verbas para a educação, através da excessiva carga tributária, a fim de garantir a estrutura necessária, bem como profissionais capacitados. Outrossim, deve garantir que o ensino de música, artes visuais, teatro e dança sejam implantadas, nas escolas, o mais rápido possível. Para mais, o Governo em parceria com ONGs precisam, através da mídia, palestras e debates, disseminar informações a respeito do valor da arte para a sociedade, enfatizando aspectos sociais e históricos.