Enviada em: 16/10/2019

Carros, motos, ônibus. Esses são os meios de transporte mais comuns nas zonas urbanas brasileiras. Voltando-se para o passado, em 1930, tinha-se no Brasil uma concentração populacional majoritariamente rural. No entanto, com o progresso da indústria, as décadas seguintes foram marcadas por um fenômeno demográfico conhecido como êxodo rural, cujo efeito principal foi à aceleração da urbanização. Por conseguinte, com um aumento exacerbado da população, hodiernamente tem-se também uma crescente crise relacionada à mobilidade urbana, a qual tem tanto causas quanto consequências nítidas.          No que tange às causas, há principalmente um problema estrutural. Conforme indica uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2017, 96% das cidades brasileiras não possuem um plano de transporte em massa. Dessa forma, quando se analisam os dados médios do país, percebe-se que apenas 1% das cidades tem metrô; 35%,ônibus municipal; e, em 68%, circulam vans. Sendo assim, dado esses baixos índices quantitativos do transporte público, torna-se plausível afirmar que efeitos negativos são sentidos pela sociedade.           Já no que concerne às consequências, tem-se o excesso de veículos particulares na pista e, devido a isso, há o aumento do trânsito em horários de pico. Outrossim, estresse e atrasos surgem com as ruas congestionadas, problemas esses que afetam diretamente tanto à saúde mental do indivíduo quanto à saúde física, visto que a medida que o tempo de tráfego aumenta, cresce-se também a inalação de gases tóxicos provenientes dos combustíveis, tais como o dióxido de carbono(CO2), monóxido de carbono(CO) e gás metano (CH4). De tal maneira, a questão da mobilidade urbana não é só importante para o transporte eficiente, mas também para a saúde humana.          Destarte, o Estado deverá agir juntamente com a mídia a fim de mitigar a situação. Aquele, primeiramente pelo seu setor Executivo, passará a investir mais esforço na criação de um plano de transporte. Ademais, com o modelo criado, o governo utilizará a verba proveniente de impostos e de títulos públicos para que se construam novas frotas de ônibus e metrôs nas cidades, incentivando, assim, o uso de um transporte eficiente. Em segundo lugar, o setor Legislativo dará o respaldo legal para a mídia, cuja responsabilidade será a de criar propagandas televisivas que aspirem promover e incentivar o uso de deslocamentos coletivos em detrimento do uso de veículos próprios. Em virtude de todas essas medidas, será possível acreditar que o problema da mobilidade urbana estará controlado, e, suas consequências estarão reduzidas.