Enviada em: 12/07/2018

O Brasil possui a matriz energética mais renovável do mundo, contribuindo fortemente para um desenvolvimento mais sustentável. O grande responsável por isso é o imenso volume fluvial disponível no território, o qual colabora para a criação de usinas hidrelétricas, como a de Belo Monte e a de Tucuruí. Todavia, nos últimos anos o país tem passado por crises energéticas em decorrência da falta de chuva em algumas regiões do país, provocando déficits energéticos, situação que agrava-se ainda mais pela falta de planejamento e investimento em outras fontes.       Em primeiro plano, é possível observar que nos últimos 30 anos o consumo de eletricidade per capta do Brasil dobrou, segundo o Banco Mundial, porém, mesmo com a criação de várias novas usinas hidrelétricas ainda não há energia suficiente para a população em tempos de seca. Essa situação é causada pela falta de planejamento do Estado e das empresas responsáveis pelo setor, que sabem da grande demanda e negligenciam a variação no volume de chuvas, ao não se prepararem para ela, mesmo essa sendo um acontecimento periódico do meio ambiente.       Além disso, ainda há pouco investimento em outras fontes de energia, como a eólica, a solar e o biogás, que são energias limpas e têm grande custo benefício a longo prazo, mas o investimento inicial é bastante alto, e, por isso muitas pessoas não têm condições de implantar em sua casa. Dessa forma, a fonte hidráulica fica sobrecarregada, levando a apagões em vários estados e aumento do valor do quilowatt, que ocorre porque as empresas passam a ter que usar fontes mais caras para produzir energia.       Fica clara, portanto, a necessidade de que o Estado em parceria com empresas privadas, tornem a gestão hídrica brasileira mais eficiente, por meio de fóruns com especialistas da área, e promovam subsídios para famílias e empresas que queiram ser autossuficientes na produção de energia por meio de biogás, por exemplo, como a Sadia fez há alguns anos com produtores de suínos, que hoje conseguem até vender o excedente energético para companhias.