Enviada em: 15/07/2018

Por mais que seja possuidor de um patrimônio natural expressivo, o país vem enfrentando crise hídrica. Segundo dados do Balanço Energético Nacional de 2017, 68% da energia elétrica gerada advém de fontes hidráulicas. Portanto, analisar os impactos na geração de energia é de extrema importância.                                     Historicamente, o Brasil é referência, no mundo, em disponibilidade de água. Em sua carta, Pero Vaz de Caminha declarou "águas, são muitas, infindas". No entanto, hoje, tornaram-se comuns notícias a respeito de desequilíbrio hidrológico. Por exemplo, São Paulo foi um dos estados que mais sofreu com  isso em 2014. Como a matriz energética brasileira, infelizmente, é muito dependente das hidrelétricas, quando ocorrem problemas com a água, seus efeitos são, de fato, intensos. A falta de água interfere na vida de todos e na economia do país, visto que os custos da seca na energia elétrica aparecem no cálculo da inflação. Soma-se a isso, o fato da sociedade lidar com racionamentos de água e aumento na conta de luz.       Além disso segundo Milton Santos, fez parte da evolução do ser humano construir um meio técnico, ou seja, intervir na natureza para que suas necessidades fossem atendidas. Contudo, quando há falta de planejamento, o resultado é catastrófico. Sem uma administração adequada e consciente, os sistemas de abastecimento ficam sobrecarregados e vulneráveis as variações climáticas. De modo que, com escassez de água, como medida paliativa é preciso aumentar a produção de energia nas termelétricas, sendo essa uma opção cara e poluidora, criando mais um problema para a geração de energia. Logo, é preciso diversificar as fontes de energia, de preferência, as renováveis. É essencial integrar produção e conservação ambiental.        Diante desse cenário, cabe ao Ministério do Meio Ambiente minimizar os problemas enfrentados por meio de um projeto em parceria com as Secretarias Municipais. Esse programa deve estabelecer uma equipe que faça palestras periódicas nas escolas e universidades abordando a importância da água nos mais variados setores, além de criar a "segunda-feira consciente" na qual todo cidadão priorize a economia de água no seu dia a dia. Com isso, são criados novos hábitos em relação a água e, o debate e reflexão são incentivados.