Enviada em: 15/07/2018

No livro, O Quinze, Rachel de Queiroz trata da seca que assolou o nordeste em 1915. Hoje, porém, mais de um século depois, esse problema assim como os outros relacionados à gestão, não é restrito apenas ao sertão e, se configura como problema contemporâneo. Em consonância, a partir do momento em que o país sofre uma crise hídrica esta relação passa a ser um desafio, tanto por estar ligada aos impactos ambientais antrópicos quanto por causar desequilíbrio na geração elétrica do país.    A priori, quando o compositor Guilherme Arantes declama em seus versos: ‘’terra, planeta água’’, corrobora a ideia de que existe uma enorme porcentagem desse recurso tão importante. Assim, com essa falsa percepção de abundância, muitos cidadãos brasileiros desperdiçam-na com banhos prolongados, por exemplo. Sob essa ótica, mesmo que a lógica abundante não esteja totalmente errada, visto que cerca de 71% do planeta é coberto por essa molécula, esquece-se que a maior parte, 98%, é salgada e nem todo fragmento doce é alcançável para o consumo humano, logo é notório que necessita-se de um racionamento.    Nesse sentido, vale ressaltar que em 2014 houve uma crise hídrica em São Paulo, principalmente pela falta de consciência no uso da água, o que corroborou em complicações para geração de energia. Sob essa perspectiva, de acordo com o site Brasil Gov aproximadamente 70% dessa produção provém das hidrelétricas, dessa forma, a escassez desse recurso, primordialmente nas grandes regiões do país, culmina em uma elevação significativa nos preços das contas de luz, pesando, desse modo, nos bolsos dos brasileiros.    Para que se reverta, portanto, esse cenário de instabilidade do recurso hídrico na geração de energia é necessário traçar um caminho. Primeiramente, é imprescindível que a Secretaria de Educação em parceria com as escolas, forneçam profissionais da área ecológica para debater sobre o uso da água, para que os alunos