Enviada em: 14/07/2018

Guimarães Rosa, grande escritor brasileiro, relatou em um de seus trabalhos que "a água é como a saúde ou a liberdade, só damos seu devido valor quando a perdemos". Dessa maneira, percebemos o cenário critico brasileiro em relação aos recursos hídricos e seus inúmeros impactos na sociedade, principalmente no setor energético. Logo, a problemática é consequência tanto da mau gestão pública quanto dos baixos investimentos em produção elétrica.      O Brasil tem cerca de 12% da água doce mundial, sendo boa parte de sua concentração no Norte do território. Dessa forma, o problema não é a falta d'água mais estruturas para distribui-la. Logo, exemplos de países como Israel que apesar de ter clima semelhante ao brasileiro, não sofre com tal problema, devido a boa tecnologia empregada e bastante recurso público injetado corrigindo a escassez hídrica. Assim, evidencia a situação nacional, na qual a má administração é o principal fator da crise.    Em segunda análise, percebe-se a fraca e quase nula diversidade na produção de energia no país. De acordo com dados do governo, 70% da eletricidade produzida vem de hidrelétricas, assim a dependência por tal fonte é notória. Desse modo, a crise hídrica afeta diretamente todo corpo social, como a indústria e a economia. De modo que, apagões como o de 2013 que deixou 14 estados por mais de 5 horas sem energia, são reflexo das poucas aplicações de capital na área.    Convém, portanto, a necessidade de mudanças para endireitar o abastecimento de água no país. Isto posto, o Estado, no papel das prefeituras, deve criar projetos sustentáveis que possam distribuir, através de canais, água de forma correta para distritos distantes. Incentivando também financeiramente a captação da água da chuva por meio de cisternas em cada domicílio. Assim, junto ao setor privado, mediante a formação de parques eólicos e solar, aumentar a produção de energia renovável. Dessa maneira, se manterá o equilíbrio na sociedade por diferentes gerações.