Enviada em: 14/07/2018

Água: não origem, mas vida.   O filósofo pré-socrático Tales de Mileto enxergava a água como o elemento mais importante, sendo ela a origem de toda a vida. Embora essa visão não seja corroborada cientificamente, é notório que a água é primordial, e que sua escassez causa danos frontais à toda sociedade. No Brasil, a crise hídrica, fruto da ausência de consciência ambiental geral somada às péssimas escolhas de gestão, não cerceia somente o acesso a esse bem vital, mas também vai de encontro à dificuldade na geração de energia.   É importante salientar primeiramente, que o Brasil, embora detentor de 12% de toda a água doce do planeta, possui sérios problemas no que tange ao uso ideal desse bem. Quase 40% da água tratada no país é desperdiçada, dado sintomático de uma educação ambiental falha, que acabou por perpetuar no meio social a sensação de que a água é um bem finito. Essa mentalidade iníqua gera o uso maciço e deliberado do recurso, impactando as reservas hídricas disponíveis no país.  O ponto central da questão passa também pelas escolhas governamentais feitas em décadas passadas. Após os grandes choques do petróleo, em 1973 e 1979, o poder executivo do país optou por buscar soluções alternativas para energia, sendo o principal foco as usinas hidrelétricas. Apesar da alta capacidade de geração energética, essa matriz tem dependência central na dinâmica de águas. Em momentos de escassez pluviométrica, a fonte de energia fica comprometida. Essa situação gera uma série de empecilhos, tais qual a falta de eletricidade a residências, o enfraquecimento do comércio, e o aumento gradativo no preço das contas de luz.    Visando aliviar esse contexto problemática, portanto, se faz necessário uma ação cirúrgica do Governo Federal em duas vertentes: fomentando a propagação de informações sobre o uso consciente da água, via programas de TV e rádio em horários de pico. Não menos importante, com o intuito de buscar saídas alternativas a dependência da matriz hidrelétrica, realizar conferências internacionais para a viabilização das energias eólica e solar.