Enviada em: 16/07/2018

É incontrovertível que a matriz energética brasileira é ambilátera e inerte, visto que cerca de 60% dela é oriunda das hidrelétricas, de acordo com Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Mediante a busca mundial intensamente acentuada por sustentabilidade, observa-se caracteres econômicos, imediatistas e estruturais dentre outros mantêm o país nessa perspectiva inicial, fazendo-o dependente e vulnerável devido a água ser um recurso limitado.   Sob o ângulo Marxiano, identifica-se um viés econômico. Dentro de um contexto capitalista impulsionado pela Revolução Técnico-científica, tendo em vista que o uso de hidro e termoelétrica é mais lucrativa e menos dispendioso, fica evidente porque preponderam estes meios. Além disso, ainda decorrente da conjuntura, sobrepõem-se interesses monetários acima dos impactos ambientais existentes.     De maneira análoga a engrenagem imediatista hodierna emperra o avanço sustentável, uma vez que este leva em conta consequências a longo prazo. Outrossim,  o relevo planáltico da nação influencia na insistência das hidrelétricas; em contrapartida, sabe-se diversas outras potencialidades insuficientemente exploradas, como a localização geográfica receptora de farta luz solar e ventos alísios.     Assim, consoantes a esses pontos, o Brasil se posiciona dependente de recursos hídricos constantes e por vezes apresenta aumento nas contas de energia da população, sobrecarregando-a. De modo, que fica à mercê da utilização de fontes não renováveis de energia, a exemplo dos combustíveis fósseis, e sofre os consequentes impactos ambientais e sociais, como aumento de temperatura e expulsão de contingentes demográficos de áreas de barragem.      Mediate os fatores expostos, é de suma importância que o país abdique destra matriz restrita, investindo a longo prazo em uma diversificação dos meios energéticos por iniciativas privadas ou governamental, devidamente fiscalizado financeira e ambientalmente. Também é mister o financiamento de pesquisas com foco em minimizar os males à natureza, buscando novas tecnologias sustentáveis e variáveis para obtenção de energia. Finalmente, a mídia deve continuar em seu papel efetivo de conscientização.