Na obra literária “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, é perceptível o contínuo anseio pela sobrevivência humana, afim de adquirir o que é comumente conhecido como o "solvente universal": a água. Contudo, não é só na vida do sertão que a escassez da água toma conta dos pesadelos dos sertanejos, esse impasse estende-se para as grandes cidades devido à má gestão hídrica e à dependência hidrelétrica. Em primeira instância, é notório que o desenfreado consumo da água não é o único problema a ser enfrentado, pois, o seu desperdício, sua poluição e escassez de chuvas também afetam a sociedade direta ou indiretamente. É possível observar essa dependência no dia a dia de um indivíduo, quando esse precisa da água para, principalmente, saúde e higiene. Além disso, a crise hídrica proveniente desses fatores, desencadeia uma série de problemas que incluem a energia, visto que no Brasil cerca de 71% dessa é oriunda das usinas hidrelétricas, logo, quando há a diminuição dos níveis de chuva, a produção de energia também é afetada, pois não há grande variedade de fontes energéticas instaladas no Brasil, o que faz com que uma grande parcela da população brasileira seja dependente da água não somente para a sua utilização única, mas também do que ela nos pode oferecer com seu potencial hidrelétrico. É imprescindível, portanto, a participação das escolas, as quais são indispensáveis na construção de um indivíduo, que devem propor desafios para os alunos, como a criação de métodos que diminuam gradativamente os gastos da água e o seu desperdício, a fim de torna-los conscientes e criativos na manutenção ecológica do meio ambiente. Ademais, é de grande importância a atuação dos Estados na construção de novas fontes de energia, como a eólica e a solar, por meio de projetos com os municípios, de modo que a população não seja dependente somente das chuvas para obtenção de um nível elevado da água e, consequentemente, do bom funcionamento das hidrelétricas. Só assim, a população evoluirá de uma forma mais consciente e ecológica.