Enviada em: 21/08/2018

Historicamente, por obter cera abundância em rios, a escolha para o abastecimento de energia no país foi a utilização de usinas hidrelétricas. Segundo dados do site "Munda Educação", nos dias atuais, cerca de 90% da eletricidade consumida no Brasil é proveniente do sistema hidráulico, o que mostra sua importância. Entretanto, no mesmo passo em que é vantajoso utilizar essa metodologia, falhas são percebidas. Dentre as causas que podem ser apontadas para essa problemática, deve-se citar a grande dependência desse método, em conjunto com a falta de diversificação da produção energética, o que ao se tratar de crise hídrica, acarreta em consequências socioeconômicas para a socidedade.         Ao analisar o sistema de geração de energia do país, percebe-se o uso majoritário do sistema hidrelétrico, que como já dito, se dá pela grande quantidade de rios. No entanto, ao colocar um cenário de desequilíbrio hídrico, observa-se que essa dependência se torna um problema, uma vez que a produção de eletricidade por meio do sistema hidráulico se relaciona diretamente com a água, sendo ela a fonte primária para a geração. Na falta dela, os níveis dos reservatórios dessas usinas abaixam, afetando a realização. Prova disso foi a intensa crise sofrida por vários estados brasileiros entre os anos de 2014 e 2015, quando a seca atingiu reservatórios como o da Cantareira, em São Paulo, que atingiu níveis críticos, afetando a distribuição de energia e água.          Além disso, o impacto desse colapso reflete no cenário econômico. A falta de investimento em outros meios de produção de energia, que funcionem paralelamente as hidrelétricas, faz com que o consumidor pague caro em caso de falha no método principal. A utilização de outras formas alternativas como as termelétricas e a eólica, tem alto valor de manutenção, o que quando usada, contribui no aumento da tarifa de luz.            Dessa forma, ao entender que a dependência na geração de energia resultada pela não diversificação dos métodos traz problemas sociais, é necessário que ações sejam tomadas. Visando a dinamização da produção de energia no país, é fundamental que ocorra o investimento necessário em outros meios de obtenção. Esse investimento deve ser feito pelo Governo Federal, em conjunto com companhias privadas de distribuição, tanto de energia quanto de água. Dessa forma, tem-se a devida diversificação, balanceando a dependência da produção, de forma que não sobrecarregue as hidrelétricas, nem prejudique a população, em tempos de crise.