Enviada em: 13/06/2019

Reduzir, reutilizar, reciclar. Em consonância com as práticas de desenvolvimento sustentável, para muitos países do mundo, o uso consciente da água já se tornou uma prioridade. Entretanto, no Brasil, o atraso nas discussões em relação ao seu uso sustentável culminaram na recente crise hídrica. Isso se evidencia não só pela falta de interesse da população nesse sentido, mas também pela ausência de investimentos do poder público.   Segundo dados da ONU, cerca de 70% da água disponível no mundo é utilizada pela indústria agropecuária. Tal dado faz-se alarmante, haja vista que a desinformação e desinteresse dos cidadãos sobre os impactos do uso indevido é bastante considerável. Desse modo, torna-se essencial salientar que com avanço da tecnologia e da influência do capitalismo no agronegócio, a utilização hiperbólica acarreta em consequências irreversíveis para a sociedade desinformada.   Ademais, a Carta Magna de 1988 determina como dever social a preservação hídrica para as futuras gerações. Contudo, a realidade é totalmente oposta, posto que a negligência governamental é um fator estarrecedor, em razão da falta de aplicação de alternativas para diminuir o uso dependente de hidrelétricas e errôneo de tal recurso, a sustentabilidade fica como segundo plano. De acordo com a filósofa Hanna Arendt, "todo ser humano tem como o direito de ter direitos, a partir do momento em que é ser humano". Dessa forma, a valorização da água faz-se fundamental, para que todos os indivíduos continuem tendo o acesso futuramente.   Infere-se, portanto, que medidas dever ser tomadas para resolver o impasse. Urge que o Estado, mediante ao redirecionamento de verbas ao Ministério do Meio Ambiente, planeje e desenvolva projetos para investimentos em novas fontes de energia, a fim de escassear a incidência de crises hídricas e a dependência total das hidrelétricas. Além disso, o Ministério da Educação - a julgar por seu dever em assegurar uma educação qualificada da nação - deve disponibilizar formas para que a população informe-se, com o intuito de promover o enaltecimento dessa fonte esgotável. Sendo assim, poder-se-ia aproximar-se da proposta da Carta Magna, e por conseguinte, a médio e longo prazo, ter um processo sustentável e responsável.