Enviada em: 03/07/2019

A instalação de hidrelétricas iniciou-se no Brasil no final do século XIX, mas foi após a Segunda Guerra Mundial  que isso passou a ser relevante na produção da energia brasileira. Optou-se por esse tipo de geração de energia como forma de melhor aproveitar os recursos hídricos do país e por ser uma fonte renovável. Contudo o sistema elétrico brasileiro encontra-se defasado e acarreta problemas na produção e distribuição energética para setores dependentes como fábricas, estabelecimentos comerciais e para a população. Sob o mesmo ponto de vista, torna-se aparente a necessidade de  uma intervenção consistente visando melhoras a curto e a longo prazo. Em primeira instância é válido mencionar que, para um país como o Brasil, as hidrelétricas constituem-se uma fonte energética vantajosa e sustentável. Entretanto o sistema de geração de energia brasileiro é muito dependente dessa fonte e, segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Elétrica), as hidrelétricas produzem 70% do total de energia gerado no Brasil. Tal fonte também depende de fatores físicos e climáticos que muitas vezes comprometem a geração de eletricidade, como em um período de estiagem em que o nível de água nas barragens das usinas é reduzido. Em decorrência disso, a energia hidráulica não dispõe da eficiência esperada e não supre a demanda de energia elétrica. As atividades do primeiro setor, que é o setor público, e do segundo setor, que é a iniciativa privada, são afetadas e os serviços ofertados apresentam um déficit na qualidade. Concomitante a isso, como tentativa de acudir a demanda energética, as esferas governamentais tanto federal quanto estadual optam por complementar a produção de energia através de termelétricas, contudo seu funcionamento é mais cara que a de uma hidrelétrica. Em detrimento disso, o consumidor tem de encarar elevados preços na fatura mensal além de estar passivo a enfrentar falta ou racionamento de energia.  Fica claro, dessa forma, que há uma necessidade de intervenção para reduzir os impactos da crise hídrica sobre a geração de energia. Assim cabe a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) fiscalizar e propor melhoras nas usinas atuantes na produção de energia elétrica e na distribuição dela para efeitos a curto prazo. Também é cabido ao Governo Federal, com uma visão a longo prazo, realizar uma mudança estratégica nas áreas deficientes, principalmente, no que tange a distribuição elétrica e ampliar a matriz energética brasileira adotando outras fontes renováveis. A iniciativa privada pode realizar pesquisas sobre a geração de energia a partir da fusão nuclear, já que produz muito mais energia do que a fissão nuclear e apresenta menos riscos à natureza mostrando que "inteligência é a habilidade das espécies de viverem em harmonia com o meio ambiente", segundo Paul Atson.