Enviada em: 18/10/2018

Com o passar do tempo, as relações interpessoais têm se tornado cada vez mais superficiais e frágeis assim como defendido por Zygmunt Bauman. Isso ocorre em virtude da ausência de habilidades para o convívio em harmonia com a diversidade, logo as novas discussões na era digital são pautadas em exclusões, xingamentos e propagação de "fake news". Nesse cenário, respeitar os posicionamentos políticos e ideológicos divergentes do seu é uma das implicações da vivência na sociedade democrática atual.               A princípio, de acordo com Sigmund Freud, em seus estudos sobre a psicanálise, na infância não há consciência crítica para distinguir o certo e o errado. Assim,muitas vezes, sem a orientação dos pais, os indivíduos crescem egocêntrica e sem aceitar o diferente.Em decorrência dessa formação, quando se deparam com discussões nas redes socais não estão dispostas a ouvirem os posicionamentos contrários e se limitam a atacarem ás pessoas e não os argumentos. O caráter democrático e de uma aparente anonimato torna as mídias socais uma ferramenta eficaz para a veiculação de ódio.                 Ademais, a web é de fácil acesso, em que se pode expor a posição adotada para milhares de pessoas. Com essa facilidade, frequentemente se confunde opinião com  intolerância e comentários preconceituosos, realizados, em sua maioria, por perfis falsos com o intuito de dificultar a identificação. Para mais, a liberdade de expressão não é um direito fundamental absoluto a partir do momento que se ultrapassa o limite dessa liberdade, agredindo alguém com ódio. Virtualmente ou não, atos como esses devem ser punidos pelas devidas autoridade.            Diante do acima exposto, conclui-se que divergências devem ser tratadas com respeito e tolerância.Ouvir o outro e conhecer diferentes pontos de vistas ajudam na compreensão de um posicionamento político e ampliam a percepção sobre viver em uma sociedade democrática.Para isso, é papel da família educar com base no respeito e na tolerância, por meio de exemplos, de brincadeiras e de acompanhar a vida social dos filhos .É relevante ainda que a escola e do Ministério da Educação na sala de aula ensinar a lidar com o diferente, por meio de jogos, dinâmicas, de encorajar os alunos, de debates em que no final o professor conduza o debate para que ambos os lados aceitem os outros discursos.