Enviada em: 01/07/2019

No Brasil hodierno, o acesso à cultura apresenta-se como um desafio de caráter social. Isso se deve, sobretudo, ao fato de a cultura ser marco que conceder liberdade de expressão e difusão cultural. Entretanto, sua criação não se consolidou de forma igualitária o acesso à cultura no país causando, assim, uma desigualdade social. Nesse contexto, a falta de integração e acessibilidade, em conjunto à mercantilização cultural são os desafios para uma eficiente democratização. Logo, são necessárias mais ações dos órgãos governamentais e sociais, visando ao enfreamento dessas problemáticas.    Em verdade, a formação cultural do Brasil é pautada, principalmente, pelo choque de cultura entre brancos, índios e negros, que auxilia na diversidade da formação cultural do país. No entanto, a falta de integração e acessibilidade dificulta o acesso à cultura por grande parte da população, isso vem causado um “apartheid cultural”, ou seja, as regiões periféricas estão mais distantes do acesso cultural. Isso ocorre, principalmente, ao não incremento dos subsídios aos municípios, de maneira a deixar as ferramentas culturais restritas aos grandes centros urbanos, além de não haver investimentos em movimentos culturais nas áreas periféricas do país. Logo, esse processo de restrição tem como característica o elevado preço do acesso cultural, que criou uma segregação nessa área, visto que a maioria da população não tem renda suficiente para sua inserção.    Outrossim, é importante descarta que um país que deveria ser símbolo de variedade, de mistura de tons e costumes, acaba se resumindo a uma cultura monocromática, pelo acesso litado. Assim, conforme preconizado pelo importante filósofo Theodor Adorno, em sua teoria da “indústria cultural”, a arte passou a ser instrumento industrial com a finalidade lucrativa. Com isso, por meio dos veículos de comunicação a sociedade está sendo moldada culturalmente, tendo uma sobreposição de suas origens. Nesse sentido, esse processo erradica a essência brasileira de característica regional, na busca pela incorporação de uma cultura capitalista. Logo, toda produção artística regional que não seja lucrativa, por exemplo, folclore, frevo e outras produções imateriais são esquecidas, o que causa desigualdade de acesso.     Dessa forma, torna-se evidente a necessidade de democratizar o acesso à cultura na sociedade brasileira. Para tanto, o Governo Federal deve criar mais políticas de incrementarão cultural, por meio do Ministério da Cultura em conjunto ao Ministério da Ciência e Tecnologia, a criação de uma plataforma digital com acessos culturais e imateriais de diferentes regiões brasileiras, mediante a parcerias com as empresas do ramo que, como benefício, herdariam isenções fiscais. Além disso, é necessária ampliação dos programas já existentes, por exemplo o vale-cultura, com o fito de garantir um acesso mais efetivo, pois a cultura é essencial para a cidadania. Ademais, às instituições educacionais, devem criar projetos sociais, por intermédio de palestras, debates