Enviada em: 16/05/2019

Em 1808, com a chegada da Corte no Brasil, ouve um grande impulso na cultura brasileira, sendo criados os primeiros centros teatrais, jardins botânicos, as primeiras bibliotecas e desenvolveu-se a arte e a imprensa. Contudo, poucos eram os beneficiados por tais inventos. Nesse âmbito, percebe-se que há séculos, o país depara-se com a desigualdade no acesso à cultura.      Hoje, o Brasil está inserido em um contexto que as regiões periféricas estão ábditas de centros culturais, tais como museus, bibliotecas, cinemas e teatros, por exemplo. Nessa perspectiva, a falta de acessibilidade e integração impossibilita grande parte da sociedade ao acesso cultural. Visto isso, entende-se que tal empecilho, deve-se à falta de subsídios aos municípios, de modo que limita a expansão da cultura nos grandes centros urbanos. Contudo, essa falta de verbas ainda contribui para a elevação do preço do ingresso cultural, causando o isolamento nessa área, uma vez que a maioria da população não tem renda suficiente para inserir-se na mesma.      Ainda vale ressaltar, que de acordo com o Ministério da Cultura, a maioria dos profissionais da área cultural, como exemplo os bibliotecários, roteiristas, professores de dança, arte e teatros, não são bem remunerados, não tem carteira assinada ou trabalham por conta própria, por boa ação. Dessa forma, percebe-se que esses trabalhadores não têm importância alguma diante o Estado, assim, contribuindo para a má educação brasileira, como predomina a cultura oral no país, a leitura e as atividades contemplativas tendem a ser menos valorizada, uma vez que sem servidores públicos e materiais para trabalho não há como manter um determinado centro cultural disponível.      Sob esse viés, cabe ao Ministério da Cultura, juntamente com o Ministério da Ciência e Tecnologia, promoverem uma ampla plataforma digital que leve acessos culturais e imateriais de diferentes regiões brasileiras, por meio de parcerias com tais empresas que, por solidariedade ou somente para herdar melhorias ao seu negócio, queiram colaborar para tal ação. Ademais, cabe ao Governo Federal investir mais verbas para a cultura, a fim de espaços como museus, bibliotecas, cinemas, informática e meios artísticos, tanto nos grandes centros urbanos, quanto nas regiões periféricas. Logo, com a união desses setores, visa-se uma solução para a desigualdade cultural brasileira.