Enviada em: 15/05/2019

Uma nova óptica        Apesar de apresentar uma economia emergente, o brasileiros têm pouco acesso à cultura em seu país. Essa contradição é fruto de duas raízes fortes que caracterizam a sua sociedade:  a estigmatização de obras culturais por um extenso período histórico e a ausente rede de serviços desse ramo ao longo do território.         A cultura, para as camadas populares, é vista como privilégio das altas classes. Essa concepção advém de um senso comum baseado na História ocidental - quem tinha acessos a cultura era, primariamente, a nobreza e, mais tarde no Renascimento, os ricos burgueses. Logo, existe um imaginário de que a arte é inatingível a todos, uma vez que muitos acham que para desfrutá-la é necessário dispor de grandes riquezas.       No cotidiano, esse rótulo traduz-se no desinteresse por eventos artísticos. A maioria das cidades brasileiras não possui espaços nomeadamente culturais, como teatros, museus e galerias de arte. São ainda mais escassos, os municípios que produzem algum conhecimento artístico em revista, rádio e televisão. Assim, restringe-se também o alcance desse conhecimento a um lugar físico do país.         Portanto, para democratizar o acesso à cultura é mister investir em dois fatores: na mudança de visão da população e na ampliação da infraestrutura da indústria cultural no território, sendo que o primeiro está diretamente ligado ao sucesso do segundo. Por isso, proporcionar a construção de locais culturais, bem como empreender itinerários artísticos são peças chaves que podem ser concretizadas através de contratos entre empresas privadas e a Secretaria da Cultura de cada região. Dessa forma, possibilita-se a modificação do panorama artístico brasileiro - um no qual todo cidadão possa participar e usufruir.