Enviada em: 15/07/2019

"Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça".Tal frase do cineasta Glauber Rocha refere-se ao "cinema novo",ou seja,uma espécie de cinema engajado em temas sociais.Fora desse cenário histórico observa-se,no Brasil atual,a não efetivação do pressuposto desse artista,visto que a falta de discussões voltadas a democratização do acesso a cultura,bem como a falta de oportunidades de acesso e a má distribuição de renda dificultam a popularização da cultura.      Evidencia-se,em uma análise inicial,que a omissão de pautas políticas e sociais voltadas a cultura ,no Brasil,corrobora com a dificuldade de acesso a meios culturais sofrida por grande parte dos brasileiros.Isso porque, a inoperância governamental em assegurar a formulação e divulgação de projetos culturais gera o descaso e a falta de conhecimento da sociedade no que diz respeito a democratização cultural.Prova disso,segundo uma pesquisa realizada pela Datafolha ,é o fato de quase 85% da população brasileira ter desconhecimento de verbas sociais voltadas a implementação artística  e social do indivíduo,como o "vale cultural"por exemplo,que é um auxílio de 50 reais para aqueles trabalhadores com carteira assinada que desejam receber esse recurso.Como consequência desse desconhecimento nota-se o aumento da inviabilização de acesso a cultura por parte dos brasileiros mais pobres.Situação essa que está em desacordo com o pensamento do filósofo Confúcio,o qual diz que "a cultura deve estar acima de qualquer condição social".       Observa-se,em paralelo a isso, como a má distribuição de renda é capaz de elitizar o acesso a arte.Isso decorre do fato das "grandes mídias" propagarem "verdades" que interessam e são acessíveis ,apenas,aqueles que fazem parte das elites dominantes, a exemplo dos canais por assinatura que ,em sua maioria,são os únicos que possuem um leque maior de conteúdos históricos e culturais para aqueles que buscam acesso a arte no dia a dia.Como consequência, têm-se a elitização da cultura e consequente exclusão dos brasileiros mais pobres.Prova disso é,segundo o IPEA(instituto de pesquisa econômica aplicada) ,o fato do gasto médio das classes C,D e E ser incompatível com os preços de livros,canais por assinatura e ingressos de cinema por exemplo,o que dificulta o bom uso de tas mecanismos por aqueles mais pobres.      Nota-se,portanto,que para o aumento da democratização da cultura no Brasil o Ministério da cultura,com o auxílio de governantes federais e locais,deve priorizar a formulação de leis que esquematizem o aumento do repasse de verbas para comerciantes e empregadores,em geral,afim de que esses,por meio da difusão do projeto e do aumento da quantia paga pelos "vales culturais" possam atingir um quantitativo maior de pessoas pouco privilegiadas socialmente.