Enviada em: 22/05/2019

Sob a perspectiva de Freud, a cultura e suas derivações são as maiores formas de humanização do ser humano. No entanto, a centralização destes recursos humanizadores aliada a exclusão digital de parte da população alicerça a falta da democratização do acesso a cultura no Brasil. Logo, políticas públicas de expansão cultural são medidas preteríveis frente a problemática.               O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística elucidou, através de uma pesquisa por amostra domiciliar, que 41% das produções culturais encontram-se nas regiões metropolitanas. Dessa forma, acomete-se uma segregação socioespacial aos indivíduos não localizados em metrópoles e não faz com que a democracia faça-se presente no acesso a cultura. Desse modo, afasta-se essa parcela populacional dos meios humanizadores para o convívio isonômico em sociedade.                Ainda segundo ao IBGE, 63 milhões de pessoas não tem acesso a internet, que é um direito básico de acordo com a Organização das Nações Unidas. Consequentemente, exclui um fragmento do tecido social da esfera virtual que também é um grande meio de alcance a cultura. Dessa maneira, a falta de políticas públicas cercea esta parte da malha social na esfera física e digital de um direito básico e do acesso a cultura.                É improtelável que os Ministérios do Desenvolvimento Regional e da Cidadania atuem em coalizão as prefeituras das cidades não metrópoles para mitigar esta problemática. Esta ação em conjunto deve consistir na criação de centros comunitários com bibliotecas, oficinas de arte, exposições, acesso gratuito a internet e exibição de filmes por meio de investimento financeiro com fiscalização do Ministério Público. A fim de  tonar democrático, de maneira isonômica, o acesso a cultura no Brasil.