Enviada em: 11/05/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa a desvalorização da ciência, no Brasil, hodiernamente, este ideal Iluminista é teórico e não utilizado na prática, por isso a problemática persiste intrinsecamente ligada a realidade do país. Neste sentido, convém analisarmos as principais consequências de tal postura negligente para a sociedade.  É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Em 2017 o Ministério da Ciência recebeu apenas 20% do necessário para fechar as contas do ano, significando assim, um corte de 80% no investimento para ciência. Segundo o filosofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Porém, percebe-se que, no Brasil, a imobilidade política no que tange a ciência, rompe essa harmonia, haja vista que, a falta de leis, investimentos e incentivos para com a ciência gera a desvalorização da mesma, atingindo assim, negativamente outras esferas da sociedade como a educação e saúde.   Outrossim destaca-se a desvalorização da ciência como impulsionador do problema. De acordo com o filosofo Sócrates, vida sem ciência é uma espécie de morte. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que, desde antes da primeira revolução industrial até os dias atuais a ciência vem moldando nossa forma e modo de viver, salvando milhões de vidas, e facilitando diversas atividades e necessidades humanas, como por exemplo, a cura para doenças e facilidade na locomoção, possibilitada pela invenção das vacinas e do avião, que foi proporcionada pela ciência. Por consequência, desvalorizar a ciência não é apenas uma espécie de morte, mas também, um retrocesso para a sociedade brasileira.   É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, o Poder Legislativo deve elaborar leis que visem à valorização da ciência, como por exemplo, um maior investimento em pesquisas e na carreira acadêmica, promovendo a valorização da ciência e desenvolvimento do país. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da Educação deve instituir nas escolas, palestras ministradas por psicólogos, que discutam o combate a desvalorização da ciência, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus.