Enviada em: 23/08/2018

Segundo Galileu Galilei, cientista responsável por várias invenções entre os séculos XVI e XVII, defende que a ciência é capaz de ampliar os horizontes da humanidade. Entretanto, o progresso científico no Brasil encontra-se em estagnação, haja vista o crescente corte orçamentário do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Sob essa perspectiva, deve-se analisar que o sucateamento das instituições científicas e, consequentemente, a emigração de cientistas brasileiros são impulsionados pela falta de valorização da ciência, geradora de progresso do país.  É relevante abordar, primeiramente, que a degradação dos centros científicos é resultado do da depreciação do setor pelo subfinanciamento. Isso porque, segundo dados da MCTIC, evidenciou que desde 2010 a restrição orçamentária passou de 8,6 bilhões de reais para 3,3 bilhões de reais em 2017. Ademais, tais reduções poderá piorar em face à Proposta de Emenda à Constituição 55/2016, que limita reajuste de verbas públicas por 20 anos no país. Dessa forma, a crise financeira inviabiliza a manutenção dos centros de ciência, pela indisponibilidade de materiais essenciais nos experimentos, como as pipetas e insumos, impossibilidade de concerto de equipamentos e redução de bolsas para pesquisas importantes. Tal estrangulamento de verbas caracteriza um retrocesso para o país, visto que esse poderá voltar a depender da tecnologia estrangeira.  Em detrimento da precária situação das instituições de produção científica, a saída de cientistas do Brasil é consequência da desvalorização da ciência no país. Esse fenômeno, denominado de “fuga dos cérebros”, ocorre em decorrência da falta de infraestrutura das instituições brasileiras, pelas imposições colocadas e morosidade no desenvolvimento de pesquisas no Brasil. Nesse contexto, conforme divulgou a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no ano de 2015 cerca de 50 mil pesquisadores migraram para universidades estrangeiras. O  resultado disso é a perda de projetos iniciados no país que poderiam impulsionar a economia e evoluir a nação tupiniquim.  É urgente, portanto, a valorização da ciência brasileira para avanço e progresso do país. Paralelamente, cabe ao Estado estimular as empresas privadas, por meio de reduções fiscais, a firmarem parcerias com as universidades no custeio das pesquisas, para manutenção e inovação centros científicos brasileiros. Em razão disso, cabe ao MCTI em parceira com Estado, criarem políticas investimento em capital humano, por meio de sociedades com polos estrangeiros de inovação científica, para que os cientistas permaneçam dentro do Brasil, com garantia de melhores condições de trabalho e melhores valores de bolsas. Assim, a partir da valorização da ciência no Brasil a população poderá alcançar novos horizontes como dissertado por Galileu Galilei – pai da ciência moderna.