Enviada em: 10/08/2018

NA CONTRAMÃO DO PROGRESSO   No século XVIII, com o Iluminismo inaugurou-se a era da apreciação à razão e ao conhecimento cientifico, os quais foram fundamentais para as grandes revoluções, sobretudo no campo industrial; remodelando o mundo. No entanto, no Brasil, um setor demasiado importante como esse vem perdendo suporte há bastante tempo. Com isso, surge a problemática da desvalorização à ciência, seja pelo corte de verbas, seja pela falta de reconhecimento da relevância de seus profissionais para o progresso do país.   É inegável que a falta de apoio financeiro esteja entre as causas do problema. De acordo com o jornal Estadão, em janeiro do ano passado, ocorreu a 3ª Marcha pela Ciência, cujas principais reinvindicações estavam em torno do fim dos cortes orçamentários, visto que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicações receberia apenas 20% do que necessita para se manter. E, um campo que antes possuía seu próprio ministério, agora se vê fundido a outro, o das comunicações. As exigências não tratam de melhorias salariais, mas sim boas condições de trabalho, conforme apontado por Helena Nader, ex-presidente do SBCP. Assim, é notório que a ciência brasileira está em situação de calamidade.  Além disso, vale ressaltar que a falta de visibilidade do setor corrobora ao cenário, visto que se trata pouco acerca dos temas relacionados ao desenvolvimento cientifico nas grandes mídias. Nesse sentido, a população não percebe a necessidade da promoção de pesquisas do ramo, embora estas estejam presentes no cotidiano, desde os celulares, até os alimentos, através de inovações na agricultura. Deixar de produzir conhecimento significa ter de importá-lo, o que implica maiores gastos e dependência de outros países. Desse modo, deixar de investir é estar na contramão do progresso.    Portanto, medidas são necessárias para a solução do impasse. Logo, é preciso que o governo federal promova maiores verbas à ciência, por meio de um remodelamento do plano de gastos públicos. Assim, será possível não apenas novas pesquisas, mas a ampliação dos programas de iniciações cientifica nas escolas, o que, por conseguinte, proporciona o maior contato da população com o conhecimento técnico. Dessa forma, construir-se-á um país que entende pesquisa como investimento e não gasto.