Enviada em: 15/07/2018

A análise crítica dos aspectos sociais é contrária à visão resignada da massa popular. Como disse o ex-presidente norte-americano John Kennedy, o conformismo é carcereiro da liberdade e inimigo do crescimento. Em vista dessa condescendência social, observa-se que a questão da desvalorização da ciência no Brasil é um episódio relevante e com tendência a se perpetuar caso não haja uma apreciação séria e resolutiva.       Em uma primeira análise, a filosofia positivista, proposta por Auguste Comte, entende que os fenômenos naturais e sociais podem ser entendidos e explicados pela observação científica e, preferencialmente, aplicados em benefício humano. Porém, ao passo que a ciência e a tecnologia se desenvolveram, o governo, ao não priorizar o investimento nesse setores, acaba por comprometer um futuro com mais segurança e progresso. Dessa forma, problemas que hoje são corriqueiros como, por exemplo, doenças letais, questões sobre poluição ambiental e atraso tecnológico na educação tendem a imperar devido a falta de estímulo cedido às universidades e laboratórios de pesquisa. Em consequência disso, nota-se a fuga de cérebros para outros países e atraso tecnológico no Brasil.       Em uma segunda análise, segundo o sociólogo russo P. Sorokin, algumas sociedades possuem sistemas de valores baseados em uma visão empírica, a qual põe o indivíduo e seus desejos egocêntricos à frente dos valores coletivos. Nesse viés, é lícito destacar a negligência da maioria dos representantes políticos do Brasil, que devido praticarem tanto a corrupção, esquecem de fatores sociais importantes como a questão do progresso tecnológico, retratado no positivismo. Além disso, segundo dados da revista exame, apenas 1,6% do PIB brasileiro é destinado a investimentos na ciência, isso justifica sua desvalorização e a falta de visão de prosperidade em relação aos estudos, o que traz consequências também para as escolas.       Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para solucionar esse problema. Sendo assim, para se resolver a questão da desvalorização da ciência no Brasil, deve haver projetos de extensão universitária das faculdades de Ciências Sociais e Tecnológicas com ciclo de palestras abertas à população sobre a importância de uma maior valorização, por parte do governo, para que as pessoas se tornem mais conscientes sobre os problemas atuais e para que haja uma maior pressão sobre o Governo e os investimentos na área aumentem; além disso, deve haver campanhas midiáticas com apoio de ONGs sobre a necessidade de uma maior valorização dos cientistas brasileiros com maiores incentivos e remuneração, para que haja garantias de pesquisas como em outros países desenvolvidos como os EUA, que investem mais de 3% do PIB na ciência e tecnologia.