Enviada em: 03/11/2018

“A ciência nunca resolve um problema sem criar pelo menos outros dez”. Frase do jornalista irlandês George Bernard Shaw que exemplifica a situação atual da ciência no Brasil, pois está sofrendo com problemas de desvalorização e falta de investimentos.  Nesse contexto, vale-se lembrar do trágico incêndio que atingiu o museu nacional do Rio de Janeiro evidenciando o descaso que o país tem com a ciência. Esse acontecimento pode ser explicado pelo fato de o Governo Federal, em 2017, ter realizado um corte de gastos de 44% do orçamento para o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Mostrando a decadência da ciência brasileira.  Em uma segunda análise, de acordo com uma enquete realizada  pelo Centro de Gestão em Estudos Estratégicos, 61% dos entrevistados se declaram interessados ou muito interessados por ciência e tecnologia. No entanto, o alto interesse não se reflete em vasto conhecimento e informação sobre a temática, uma vez que 87% dos entrevistados não souberam informar o nome de nenhuma instituição científica do país, enquanto 94% deles não conhecem o nome de nenhum cientista brasileiro. Sinalizando que a falta de investimentos não afeta somente os cientistas.  Diante do exposto, é imprescindível que o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações seja valorizado no Brasil, com intuito de melhorar as condições de trabalho dos cientistas e estimular o contato com a ciência  para toda sociedade brasileira. E para isso é fundamental que o governo federal retorne com a verba que era direcionado a esse ministério a fim de recuperar os prejuízos causados pela sua redução. Junto a isso, o MEC poderá fazer uma parceria com o Ministério da ciência com o propósito de suprir a carência a cerca do conhecimento sobre  ciência no país, aplicando palestras nas escolas abertas ao público. E quem sabe assim o Brasil poderá ter ter mais exemplos de "Franjinhas" que é o personagem cientista da Turma da Mônica.