Enviada em: 10/08/2018

Com o surgimento da Revolução Industrial na Inglaterra e as consequentes transformações ideológicas disseminadas, gradativamente, em escala global, os novos avanços na tecnologia possibilitaram o desenvolvimento e a ampliação das pesquisas científicas. Em contrapartida, nos dias atuais, o frágil investimento do Poder Público bem como a falta de esclarecimento da população são fatores que prejudicam e desvalorizam o exercício científico no Brasil, tornando imprescindível a mobilização governamental para a atenuação do impasse.     Nesse sentido, é indiscutível que o frágil direcionamento de recursos públicos é um dos principais problemas a assolarem a comunidade científica no Brasil. Pode-se ressaltar, por exemplo, o corte de 44% dos investimentos governamentais voltados à ciência, em março de 2017. Tais dados tornam-se alarmantes na medida em que, com a falta de investimentos, cientistas brasileiros não dispõem de recursos e tecnologia suficientes para a realização de pesquisas científicas muitas vezes extremamente importantes para a geração de avanços tanto no âmbito da saúde, como no socioeconômico. Como exemplo, a descoberta da Doença de Chagas, pelo cientista Carlos Chagas, foi um dos adventos mais relevantes da ciência brasileira. Dessa forma, é indubitável a extrema contribuição da Ciência para o desenvolvimento da nação, evidenciando a necessidade de essa atividade ser valorizada.    Concomitantemente, a valorização da ciência no Brasil é dificultada por ideais expressos na sociedade. A falta de esclarecimento e contato com o meio científico faz com que grande parte da população brasileira, por não possuir conhecimento acerca da função e da importância desse ramo, desvalorize a prática da ciência. Analogamente, avanços científicos e a falta de esclarecimento a respeito deles foram causas de uma revolta popular no Rio de Janeiro, no início do século XX: a Revolta da Vacina, na qual milhares de cidadãos se recusaram veementemente a serem vacinados. Desse modo, é notório que a falta de informação — persistente no século XXI — é  um dos principais empecilhos à valorização científica na sociedade atual.    Portanto, medidas são necessárias para atenuar o impasse. O Governo Federal deve ampliar o investimento em pesquisas e projetos científicos, com o maior direcionamento de recursos ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações e aos centros de pesquisa universitários, a fim de estimular a atividade científica. Outrossim, o MEC deve instituir palestras nas escolas, ministradas por cientistas, que tratem da discussão da contribuição do ramo para o desenvolvimento social, econômico e ambiental da nação, além da criação de feiras de ciência, a fim de esclarecer os alunos acerca da prática científica. Com essas medidas, a ciência tornar-se-á mais popularizada e valorizada no Brasil.