Enviada em: 27/09/2018

No cenário atual, de crescente globalização e necessidade de comportamentos sustentáveis, a ciência é essencial para todo país. Avanços tecnológicos em diversos âmbitos, como na saúde e bens de consumo, ocorrem continuamente como resultado do trabalho científico. Entretanto, cientistas no Brasil encaram, atualmente, um cenário precário de cortes de verbas. Ademais, o apoio populacional a esse ramo é pequeno em virtude do complicado entendimento por parte da sociedade sobre as descobertas científicas.       A população espera respostas a seus anseios cada vez mais rápidas, em virtude da velocidade proporcionada por adventos tecnológicos do século XXI, tais quais a internet. Por conseguinte, para que o país exerça papel de destaque no mercado é necessário alto investimento na área científica. Contudo, no Brasil observa-se um contexto um tanto adverso, no qual o orçamento esperado para a ciência em 2018 foi 44% do esperado. Tal desvalorização por parte do governo se deve, dentre outros fatores, ao fato de que é um investimento a longo prazo.       Não apenas o governo menospreza a ciência brasileira, mas também a população. É comum que a sociedade em geral não assimile por completo as pesquisas realizadas, uma vez que os profissionais da ciência costumam utilizar de termos técnicos desconhecidos pela maioria dos indivíduos. Destarte, as pessoas tendem a desprestigiar os adventos científicos, haja vista que não os compreendem efetivamente. Esse desentendimento entre cientistas e população poderia ser atenuado se os pesquisadores recebessem capacitação para melhor informar a sociedade.       Em suma, para que a problemática seja mitigada é indispensável o maior investimento na área de pesquisa e inovação por parte do governo. Para isso, deve ser revogada, pelo Congresso ou Presidente da República, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, popularmente conhecida como "PEC do Teto". A proposta estabeleceu como máximo de gastos para educação e saúde o valor orçado no primeiro ano, 2018, por mais 20 anos, havendo correção considerando apenas a inflação. Objetiva-se, desse modo, que seja orçado maior contingente para a área em questão. Além disso, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) deve implementar em pós-graduações, mestrados, doutorados e pós-doutorados planos de ensino visando a comunicação entre cientistas e população. Tem se como finalidade a conscientização eficiente da população quanto aos avanços científicos alcançados, visando a maior valorização dos profissionais de pesquisa em âmbito social.