Enviada em: 28/09/2018

O século XXI é marcado pelo advento do capitalismo informacional, caracterizado pela venda de conhecimento e de tecnologia.Sendo assim, o desenvolvimento de um país torna-se diretamente proporcional ao seu investimento em ciência. Porém, no Brasil, nos últimos anos, ocorreu o inverso do que se espera de um país em busca da evolução: foi reduzido o orçamento destinado a instituições científicas, diminuindo a geração de renda, de empregos, e a influência global do país. Dessa forma, evidencia-se a necessidade de metamorfosear as prioridades das finanças brasileiras.       Nesse contexto, o completo cotidiano do ser humano é resultado dos avanços da ciência. Exemplo disso são as revolucionárias pesquisas na área médica, capazes de prolongar a expectativa de vida do homem - que aumentou cerca de 35 anos em 7 décadas, consoante o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) - e de melhorar a sua qualidade. Logo é perceptível a incoerência em restringir os gastos públicos em pesquisa, já que essa constitui-se como o alicerce para um futuro promissor, ou seja, um país que não investe em novas ideias e patentes age de maneira retrocedente e contrária às tendências das grandes potências, gerando um sentimento de inconformação na sociedade científica e civil.      Assim, com o intuito de atenuar tais medidas governamentais, membros das instituições com elevado índice de iniciação científica reuniram-se na 3ª Marcha pela Ciência, em São Paulo, enfatizando a essencialidade da produção de conhecimento em um nação. Esse movimento revela o potencial que o Brasil possui para a construção de saberes e, erroneamente, é pouco incentivado. Por exemplo, há escasso amparo para as áreas científicas nas escolas brasileiras, fato salientado pelo irrisório número de inscrições em olimpíadas públicas como a Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA). Isso tem como consequência uma futura população economicamente ativa com menor produção de capital em relação ao mercado glocal nas décadas subsequentes.      A desvalorização da ciência no Brasil é um ato irresponsável e inconsequente. A fim de reverter esse quadro, é preciso que haja, por parte do Estado - em especial do Ministério da Ciência e Tecnologia - a reformulação da distribuição orçamentária brasileira, destinando um maior percentual ao estímulo científico, tanto no nível básico da educação - por meio da promoção de atividades práticas e visitas a museus tecnológicos - quanto no , pelo aumento de vagas para a produção de pesquisas. Desse modo, a realidade do país será modificada, melhorando progressivamente as expectativas para um cenário econômico e social auspicioso.